BH - O técnico do Atlético-MG, Carlos Alberto Parreira, disse neste sábado que não foi em nenhum momento sondado para reassumir o comando da seleção brasileira. O treinador, que viajou para a capital pernambucana com a delegação atleticana, disse, por meio da assessoria de imprensa do clube, que não é a "bola da vez" e que o "técnico da seleção não está em Recife".
Não é a primeira vez, durante as campanhas brasileiras nas Eliminatórias e na Olimpíada, que Parreira nega supostos convites da CBF.
O treinador lamentou a derrota e a conseqüente desclassificação do Brasil nas Olimpíadas e o que ele chamou de "inferno astral" por que passa o treinador Wanderley Luxemburgo. Devido a viagem, marcada para as 8h30, o técnico do Atlético disse que não assistiu a partida deste sábado pela manhã, quando os brasileiros forma derrotados pela seleção de Camarões na morte súbita.
Coincidentemente, o único lance que viu, no embarque, em Belo Horizonte, foi o gol de empate de Ronaldinho, nos acréscimos do segundo tempo.
Parreira seria o primeiro nome da lista do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, para assumir a seleção no lugar de Luxemburgo, caso o atual treinador não continue.
Pesa a favor do técnico que comandou o Brasil durante a conquista do tetracampeonato mundial em 1994 o ótimo relacionamento que mantém com Teixeira.
Como o atual treinador já declarou que não irá pedir demissão do cargo e que a decisão é do presidente da CBF, especula-se que ele possa ser demitido até o jogo de 8 de outubro contra a Venezuela, em Maracaibo, pelas Eliminatórias da Copa.
Parreira havia criticado recentemente, depois da difícil vitória sobre o Japão, a falta de um planejamento olímpico da seleção brasileira, e tem declarado que não estaria disposto a aceitar um eventual convite da CBF.