Buenos Aires - O ex-jogador argentino Maradona declarou em entrevista ao Clarín que Pelé se assustou com o seu surgimento, com medo de perder o posto de "número 1".
Em sua autobiografia, prestes a ser lançada na Argentina, Maradona não deixa de falar no brasileiro, que chama de "número um, o maior", embora afirme que "o problema foi que ele se assustou com meu aparecimento e achou que eu ia lhe tirar algo que jamais quis".
A um mês de completar 40 anos e a poucos dias de lançar sua autobiografía, Maradona afirmou que seus anos vividos "valem por 70" e que sente um cansaço que o impede de "começar de novo".
A entrevista foi feita em Havana, onde o ex-craque argentino faz um tratamento de recuperação por causa de droga, Maradona afirmou que receber uma despedida oficial com a seleção argentina de futebol seria tocar o céu com as mãos.
"Sonho com uma despedida com meus amigos do futebol", explicou.
No dia 28 de setembro será lançado o livro Yo soy el Diego, uma autobiografia de Maradona, redigida pelos jornalistas argentinos Daniel Arcucci e Ernesto Cherquis Bialo.
"Sempre vou afirmar que Deus e o comandante Fidel Castro me salvaram a vida no ano 2000. O comandante me demonstrou realmente o que é estar perto de alguém quando a gente precisa. Ele e o povo cubano. É um homem sábio", diz o jogador que usa uma tatuagem de Guevara em um dos braços.