Sydney - Sanderlei Parrela ficou a 31 décimos de segundo de uma medalha olímpica (bronze), mas em compensação deixou Sydney com o ouro da inocência. Ele se livrou da acusação de doping, pode continuar competindo e já começa a reconstruir sua reputação com o quarto lugar na final dos 400m masculinos.
O norte-americano Michael Johnsson, supremo na prova na qual é dono do recorde mundial (43s18) e do recorde olímpico (43s49) levou o ouro com o tempo de 43s84.
Consagrou-se como o primeiro homem da história a vencer os 400m em duas olimpíadas consecutivas.
O pódio ficou completo com Alvin Harrison também norte-americano, levando a prata (44s40), e Gregory Haughton da Jamaica (44s70) com o bronze. Sanderlei ficou em quarto lugar com 45s01. "Até a curva eu achava que iria chegar em terceiro, mas vi a sombra da raia oito e percebi que estava em quarto. Na reta, vi que 31 décimos é muito chão", disse o brasileiro, reiterando que, apesar de não ter a medalha no peito, ele ganhou muito em Sydney. "Estou feliz e poderia estar mais contente ainda com a medalha", ressaltou
Sanderlei tem agora uma promessa para pagar. Ele não revela detalhes do que vai fazer, mas garante que não pediu ouro ou medalhas. "Só pedi a ele (Deus) saúde e capacidade de superar os meus limites", disse. "Tirei um grande peso das costas. É ótimo saber que tudo voltou ao normal", afirmou o atleta, que quase ficou fora dos Jogos Olímpicos por causa de acusações de uso de uso de substâncias anabolizantes proibidas, doping. Agora, Parrela deixa Sydney como o quarto melhor do mundo em sua especialidade.