Belo Horizonte - Um verdadeiro parto. Nove meses depois de ganhar a sua última partida fora de casa, em competições nacionais, o Atlético-MG venceu o Santa Cruz, no domingo, e subiu da 22ª para a 21ª colocação na Copa João Havelange. O último triunfo alcançado na casa do adversário foi no dia 8 de dezembro do ano passado, quando a equipe mineira derrotou o Vitória, por 3 a 0, em Salvador, pelas semifinais do Campeonato Brasileiro. De lá para cá, o Atlético só venceu o San Lorenzo, em jogo válido pela Copa Mercosul.
Com o técnico Carlos Alberto Parreira, até agora, foram 15 jogos no total: sete vitórias (três pelo Brasileiro), quatro empates e quatro derrotas. Pensando na classificação entre os 12, o treinador, que na semana passada fez vários cálculos, chegou a conclusão que em três jogos - Santa Cruz, Cruzeiro e Vasco - seriam necessários pelo menos sete pontos para que o Galo estivesse no "bolo", como chamou.
Se estiver certo, Parreira precisa, contra o Cruzeiro, no sábado, e contra o Vasco, na quinta-feira da semana que vem, de mais quatro pontos.
"Esta posição é fictícia. Temos três jogos a menos que a maioria das equipes, o que não quer dizer nada. Precisamos entrar em campo e ganhar estes pontos", disse Parreira.
Já pensando no clássico contra o rival Cruzeiro, o treinador deve poupar jogadores, amanhã, contra o Penãrol, em Motevidéu. "Já estamos classificados. É uma viagem de muito desgaste físico. O Caçapa, por exemplo, jogou todas as partidas desde que cheguei. Ele precisa descansar", avaliou.
Para descansar alguns jogadores, Parreira aguarda um comunicado da diretoria, que fará uma consulta a Confederação Sul-Americana de Futebol, que tem em seu regulamento uma cláusula que determina que as equipes participantes, da Copa Mercosul, devem jogar com o time titular. "São US$ 400 mil na próxima fase. Vou aguardar a diretoria. Não podemos abrir mão dessa premiação", concluiu Parreira. Nesta terça-feira, o Atlético treina na parte da manhã e à tarde embarca para a capital uruguaia.