Com o milionário projeto ouro olímpico no esgoto da incompetência de Luxemburgo, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, resolveu voltar os olhos à seleção feminina, que decidirá o bronze contra a Alemanha, na madrugada de quinta-feira. O mandachuva da bola tupiniquim procurou as meninas, ofereceu um hotel cinco estrelas à delegação em Sydney e levou um belo tapa de luva de pelica como resposta.
As jogadoras preferiram ficar na Vila Olímpica, ao lado de outros atletas, para levantar o astral, depois do pouco caso que as acompanhou ao longo trajetória nos Jogos. Desde a vitória sobre a Austrália por 2 a 1, de virada, elas não se cansam de repetir que tem gente na comitiva torcendo contra "para o futebol feminino desaparecer e a gente procurar outro emprego".
"Estamos mesmo revoltadas com o tratamento que recebemos. Defendemos o Brasil e ninguém nos ajuda. Só os estrangeiros nos respeitam, reconhecem nosso valor", desabafou a goleira Andréia, depois de três horas de viagem num ônibus até a Vila Olímpica.
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