Sydney - Como chovia em Sydney, os brasileiros foram os únicos a utilizar a pista. Há a possibilidade de os reservas Cláudio e Raphael substituírem Claudinei e André na primeira eliminatória, quinta, a partir das 20h.
O técnico Jayme Netto Júnior, depois do estranhamento entre seus dois principais corredores _Claudinei Quirino e André Domingos, prometeu que antes das definições conversaria com o grupo. Não quer saber de briga.
Se pelo menos compensa, os infortúnios não rondam só os brasileiros. A superestrela norte-americana Marion Jones – que corre pela segunda medalha de ouro dos Jogos nos 200m rasos – está tendo que lidar com o doping positivo de seu marido, C.J. Hunter. O arremessador de peso não está participando da Olimpíada. O exame no qual foi flagrado é de outra competição.
Para equilibrar a balança de Marion, cujo objetivo é ganhar cinco medalhas de ouro, ela teve uma boa notícia ontem: Inger Miller, também dos Estados Unidos, oficializou que estava fora dos 200m. A campeã mundial esperou até o último minuto na esperança de se recuperar de uma lesão sofrida no dia 7. Inger deveria ter corrido os 100m. Agora, sua última chance de competir na Olimpíada é no revezamento 4x400m, no qual terá Marion por colega.
Marion tem uma adversária a menos, porém entre as que vai encontrar no bloco de partida está a determinada Cathy Freeman, ouro nos 400m rasos na segunda-feira. Embora o último grande resultado da australiana, de origem aborígine, nesta prova tenha sido a vitória em 1994 nos Jogos da Commonwealth, ela está decidida a brigar por mais uma medalha. Marion vai correr contra um ícone australiano. Cathy simboliza a tentativa de reconciliação entre o passado aborígine e a versão contemporânea do país. A final feminina dos 200m será amanhã, às 5h55.