Sydney - Independentemente de ganhar ou não medalha nos Jogos Olímpicos de Sydney, a comissão técnica da seleção brasileira feminina de basquete será mantida até 2002. Quem confirmou a manutenção do técnico Antônio Carlos Barbosa no cargo foi o presidente da Confederação Brasileira de Basquete (CBB), Gerasime Grego Bozikis.
"Isso não depende do resultado com a Rússia ou de qualquer outro da Olimpíada." A informação de Grego afasta a hipótese de que Barbosa pudesse ser atingido por comentários que foram feitos por Hortência e por um outro treinador, Antônio Carlos Vendramini, que o acusaram de ser antiquado.
"Os críticos estão sempre de plantão e, infelizmente, a ética no basquete é muito pequena", afirmou Barbosa. "Chateia, é claro, porque é antiético, mas são padrões morais de comportamento e eu tenho os meus."
Barbosa pediu para os repórteres procurarem nos recortes de jornais. Disse que todos iriam verificar que nunca criticou nenhum técnico da seleção brasileira. "Sempre soube esperar a minha vez." Grego disse que a atual comissão técnica da seleção desenvolve um trabalho em uma fase de transição do basquete feminino, sem Paula e Hortência. O fato de estar entre as quatro melhores equipes do mundo em uma Olimpíada ajuda o processo. "É um projeto que vai continuar até Atenas em 2004, mas tem etapas, e a primeira delas é o Mundial da China, em 2002", acentuou. "A comissão técnica está mantida." No próximo ano, a seleção vai jogar o Sul-Americano, no Peru, e a Copa América, no Brasil, torneio que é seletivo para o Mundial da China, em 2002.
"O técnico vai trabalhar com esse grupo, mas 8 ou 10 meninas que ficaram no Brasil", afirmou o dirigente. Grego disse que a CBB ainda vai trabalhar para recuperar a pivô Leila, irmã de Marta, que se afastou do esporte desde que sofreu uma cirurgia.
Os planos da CBB ainda incluem uma preparação do time juvenil, com a técnica Heleninha, para o Mundial da República Checa, em julho do ano que vem. Grego prometeu planejar excursões das meninas para a Europa e jogos internacionais no Brasil, visando preparar o time para a competição. "Essa equipe vai fazer uns 15 jogos internacionais", frisou. Para meninos e meninas de 15 anos, da categoria cadete, a CBB planeja organizar clínicas por regiões, no Brasil, com os técnicos da seleção principal e juvenil e os assistentes. Essas clínicas serviriam para apontar novos talentos.