Porto Alegre - Recém-chegado do interior do Rio Grande do Sul, Jorge Schmidt ficou surpreso com o pedido de demissão Radamés Lattari do comando da seleção masculina de vôlei. Mais inesperado ainda foi a informação que Radamés havia indicado o nome dele - entre o de outros treinadores - para dirigir a equipe. Honrado pela lembrança, Jorginho Schmidt salientou que ainda é muito cedo para qualquer contato.
“Estou sabendo disso agora, não tinha a menor noção do que havia acontecido. O Radamés, pela sua coerência, muito me honra pela menção”, disse o treinador enquanto se dirigia para o campus da Ulbra, em Canoas, na tarde desta quinta-feira.
“Sinto orgulho. Todo mundo que trabalha corre para buscar algo melhor. É assim em qualquer lugar, mas prefiro ficar esperando o que vai acontecer nos próximos dias”, afirmou com a prudência de quem já teve o nome cogitado para o cargo outras vezes.
Jorginho está cauteloso. Os três títulos nacionais conquistados com a Ginástica/Frangosul e com a Ulbra são um importante referencial para o cargo de técnico da seleção brasileira, e o treinador afirma que está pronto para novos desafios. Mesmo que o estilo de trabalho seja o oposto ao de Radamés Lattari.
“Tudo o que já apresentei como treinador mostra que fiz por merecer a indicação. Eu não mudaria o meu trabalho em função de outras pessoas.”
Sobre a saída de Radamés Lattari, Jorginho Schmidt afirma estar aborrecido e triste. Segundo ele, o trabalho proposto por Radamés foi cumprido, e o que faltou nos Jogos Olímpicos foi um pouco mais de sorte para a seleção brasileira.