Sydney - O técnico Antonio Carlos Barbosa recebeu com naturalidade a derrota do Brasil por 64 a 52 para a Austrália, na partida que abriu as semifinais do torneio olímpico de basquete feminino. "Não sou só eu que acho que deu a lógica. É incontestável que elas vivem um melhor momento que a gente", afirmou o treinador.
Barbosa disse que se fosse possível medir favoritismos, diria que a Austrália entrou em quadra com 80% e o Brasil apenas 20% . "No máximo, 70% contra 30%", ressalva.
"Eu sempre disse que a seleção dos Estados Unidos está dois degraus à frente de todo mundo e que a Austrália está um degrau à frente. O resto, está mais ou menos no mesmo nível", avalia. Nesse grupo, segundo Barbosa, estão as seleções do Brasil, Rússia, França, Eslováquia, Cuba, Polônia e Coréia.
"Contra esses adversários eu diria que as chances são iguais para os dois lados. Acho que é 50% cada um. Tanto se pode vencer quanto perder", diz.
O treinador fez um balanço positivo da participação do Brasil na Olimpíada, mesmo antes de disputar o bronze. "Chegar até aqui já foi excelente. Saio de Sydney satisfeito, com a certeza clara de que estamos formando jogadoras boas, altas e com muito tempo de basquete pela frente”.
A exemplo do que ocorre no futebol, Barbosa reclamou do calendário. Disse que o Brasil participou de várias competições importantes este ano, mas não conseguiu colocar o mesmo time em dois eventos consecutivos.