Rio - A seleção brasileira feminina de vôlei conquistou a
medalha de bronze dos Jogos Olímpicos de Atlanta e repetiu o feito dos Jogos
de Atlanta, em 1996. Neste manhã deste sábado em Sydney, noite de
sexta-feira no Brasil, as brasileiras derrotatam a seleção dos Estados
Unidos por 3 sets a 0, parciais de 25/18, 25/22 e 25/21, em uma uma hora e
12 minutos, no Entertainment Centre. Virna e Erika foram as principais
pontuadoras brasileiras, com 16 pontos cada uma. E, para as jogadoras do
Brasil, vale o consolo de só terem perdido uma partida nos Jogos de Sydney,
para Cuba, na semifinal, e quatro sets em toda a competição.
Com a conquista, Virna (na foto ao lado de Janina-9- e Ricarda-de branco), Fofão e Leila conquistaram sua segunda medalha olímpica. Elas também estavam na campanha de Atlanta e se igualaram a Sandra e Adriana Samuel do vôlei de praia.
O Brasil deu um verdadeiro show no primeiro set. Bem na defesa e no ataque,
as jogadoras brasileiras não tiveram dificuldade em impor seu jogo. Leila e
Virna viravam todas as bolas e não paravam em nenhum bloqueio. Caso as duas
estivessem marcadas, Fofão fazia a jogada de meio de rede com Janina.
Invariavelmente, a bola caía na quadra americana. Com facilidade as
brasileiras abriram 7 pontos de vantagem, fazendo 16 a 9.
A seleção continuou melhor em quadra, acertando suas jogadas.
Leila, com sete pontos marcados, e Janina, com cinco, continuaram virando
suas bolas e o Brasil aumentou sua vantagem para 10 pontos, 21 a 11. Os
Estados Unidos ainda tentaram uma pequena reação, com três ataques seguidos
de Tara Cross-Battle. Mas as brasileiras se acalmaram, administraram a
grande vantagem e, em 20 minutos, fecharam o primeiro set: 25 a 18.
As americanas começaram melhor o segundo set. Desconcentradas, as
brasileiras erravam no passe e no ataque. Os Estados Unidos comandaram o
placar até o 10º ponto, quando o Brasil empatou e virou a partida: 11 a 10,
em um ataque de Leila. Mas novamente as brasileiras se desconcentraram e
permitiram que os Estados Unidos abrissem três pontos de vantagem, fazendo
14 a 11. O Brasil parava no bloqueio das americanas, formado por Danielle
Scott e Logan Tom. E Tara Cross-Battle virava todas as suas bolas.
Bernardinho parou o jogo e pediu raça às jogadoras e que Virna fugisse do
bloqueio das americanas. Deu certo. Com raça, as brasileiras empataram a
partida em 17 a 17 e viraram o set em 19 a 18, para desespero das
americanas, que não encaixavam mais suas bolas. A equipe verde-e-amarela
abriu dois pontos de vantagem e, em um bloqueio para fora de Danielle Scott,
fechou o set em 25 a 22, em 26 minutos.
O terceiro set começou equilibrado. A partida ficou empatada até os quatro
pontos, quando com três ataques seguidos, um de Erika e dois de Leila, e um
ataque errado de Danielle Scott, o Brasil abriu quatro pontos de vantagem: 8
a 4. A vantagem deu tranqüilidade às brasileiras, que abiram, com muita
facilidade, sete pontos de vantagem: 13 a 6.
Desta vez, quem pediu tempo foi o técnico americano. Ele recomendou que suas
jogadoras marcassem Virna, que estava virando suas bolas. O Brasil se perdeu
mais uma vez em quadra e os Estados Unidos diminuíram a diferença,amrcaram
cinco pontos seguidos e encostaram no placar: 13 a 11.
Só que a vontade brasileira entrou mais uma vez em quadra. Virna melhorou
seus ataques, Leila era a bola de segurança, virava quase tudo, e Erika, da
linha de três, era mais uma opção. Jogando com garra, o Brasil abriu seis
pontos de vantagem, 19 a 13, e se acalmaram em quadra e jogavam com garra.
Quando o Brasil marcou seu 24º ponto, com Walewska, e o jogo parecia que
seria decidido na bola seguinte. Mas o Estados Unidos, que tinham 17 pontos,
endureceram um pouco a partida e chegaram até os 21 pontos. Mas Virna, em um
ataque de entrada de rede, explorou o bloqueio e fechou o set: 25 a 21, em
26 minutos. Brasil, medalha de bronze, em uma hora e 12 minutos de jogo: 3
sets a 0 nos Estados Unidos.