Sydney - Com a participação de 2.453 atletas de 193 países - um recorde na Olimpíada -, o torneio de atletismo de Sydney teve um nível técnico apenas razoável. Um exemplo disso é que nenhum recorde mundial foi quebrado nos nove dias de competições. Ficou evidente a preocupação da maioria dos participantes em buscar a medalha e não o resultado.
Mesmo assim, sete recordes olímpicos foram melhorados e três estabelecidos.
A grande estrela do torneio e uma das maiores de toda a Olimpíada foi a norte-americana Marion Jones, que volta para casa com três medalhas de ouro e duas de bronze, campanha melhor, por exemplo, que a da grande maioria dos países participantes, inclusive a do Brasil, que contou com uma delegação de 205 atletas. O objetivo da velocista era ganhar cinco medalhas de ouro e entrar para a história. Teve de conformar-se com o bronze no salto em distância e no revezamento 4 x 100 metros rasos, ganhando ouro nos 100, 200 e 4 x 400 metros.
Os Estados Unidos foram os "campeões" do atletismo. A equipe conquistou 20 medalhas, sendo 10 de ouro, 4 de prata e 6 de bronze. A Rússia ficou em segundo lugar em número de medalhas, com 12 (3 ouros, 4 pratas e 5 bronzes).
Já o Brasil terminou a competição com uma medalha de prata, obtida pela equipe masculina de revezamento 4 x 100 metros rasos. Vicente Lenílson, Édson Luciano Ribeiro, André Domingos e Claudinei Quirino quebraram o recorde sul-americano, com a marca de 37s90.
A campanha brasileira em Sydney foi melhor do que a obtida em Atlanta, quando a delegação conseguiu uma medalha de bronze, competindo com um equipe de 41 atletas. Na Austrália, o País teve apenas 18 representantes. Além da medalha de prata no revezamento, os brasileiros participaram de outras três finais olímpicas, ficando em quarto lugar nos 400 metros rasos, com Sanderlei Parrela; quinto nos 400 metros com barreiras, com Eronildes Araújo; e sexto nos 200 metros rasos com Claudinei Quirino.
Os novos recordes olímpicos foram estabelecidos nos 1.500 metros, no lançamento do dardo e nos 20 quilômetros em marcha atlética, na categoria masculina; no lançamento do martelo, no salto com vara, no lançamento do dardo, nos 20 quilômetros em marcha atlética, nos 5.000, nos 10.000 metros e na maratona feminina.
A Olimpíada de Sydney foi a despedida de alguns astros do maior evento esportivo do planeta. O ucraniano Sergei Bubka, o cubano Javier Sotomayor e o norte-americano Michael Johnson, recordistas mundiais do salto com vara, do salto em altura e dos 200 e 400 metros rasos, respectivamente, anunciaram que não vão participar dos Jogos de Atenas, em 2004.