São Paulo - O auxiliar técnico do ex-treinador da seleção brasileira Wanderley Luxemburgo, Candinho, tem reunião nesta segunda-feira com Ricardo Teixeira, presidente da entidade, e sabe que certamente será convocado para ser o treinador da seleção brasleira no jogo com a Venezuela, dia 8, em Maracaibo, pelas Eliminatórias Sul Americanas para o Mundial de 2002.
Candinho falou neste domingo que, caso Ricardo Teixeira o convoque mesmo, estará pronto para servir à pátria. "A situação é muito delicada neste momento. Se o Scolari recusou mesmo o convite para substituir o Wanderley e a CBF não encontrar outro técnico a tempo, eu e o restante da comissão técnica não podemos trabalhar contra o país. Já disse e repito: não podemos abandonar o barco agora", disse.
No sábado, logo após ser demitido por Ricardo Teixeira, Wanderley Luxemburgo e Candinho conversaram. O auxiliar disse que comunicou ao seu chefe que, se chamado, dirigiria a seleção na Venezuela. "O Wanderley falou que eu estava agindo certo", contou.
Fazer um bom trabalho no jogo com a Venezuela e ser mantido no cargo é uma possibilidade totalmente descartada por Candinho. "Não, essa hipótese não existe. Por enquanto eu sou funcionário da CBF e fico no aguardo de uma definição da presidência. Tenho que ser ético com as duas partes. Com o Wanderley, que me chamou para ser seu auxiliar e com a CBF, que também confiou em mim", afirma.
Para provar que sempre foi ético em suas decisões profissionais, Candinho recorda que saiu da Portuguesa em 98 por não concordar com a demissão do Major Edson Pimenta, que exercia o cargo de gerente de futebol. "Eu saí junto com o Pimenta. E olha que eu era o comandante", lembra. Candinho garante que já colocou o cargo que ocupa na CBF á disposição de Ricardo Teixeira.