Falta muito para Vince Carter ser tornar um Michael Jordan – se isso for possível –, mas as carreiras dos dois impressionam pela semelhança. Foram astros na mesma universidade (Carolina do Norte), ganharam o prêmio de novato do ano na primeira temporada na Liga Profissional Americana de Basquete (NBA), venceram um campeonato de enterradas, vestiram camisa número 9 do Dream Team (a seleção americana masculina) e têm a imagem explorada pela mesma marca de material esportivo. Vince Carter assinou contrato com a Nike e terá uma linha de calçados personalizada, assim como a "Air Jordan".
O ala do Toronto do Raptors, de 23 anos, receberá cerca de US$ 30 milhões, além de bônus, por um contrato de anos (não foi revelado o período). A Nike arcou ainda com as despesas rescisórias de Carter com a Puma, ex-patrocinadora do jogador, calculadas em torno de US$ 17,5 milhões: US$ 13,5 milhões de multa, US$ 1,5 milhão em taxas e US$ 3 milhões para que ele pudesse assinar com outra empresa antes de três anos após a rescisão de contrato.
“Estava ansioso com esta negociação. Mas isso não atrapalhou meu desempenho nas Olimpíadas”, disse Vince Carter ao jornal "Toronto Sun", terça-feira, na apresentação do Toronto Raptors, seu time na NBA, lembrando os recém-encerrados Jogos Olímpicos de Sydney, Austrália, em que o Dream Team levou o ouro.
O jogador, inclusive, testou pela primeira vez um tênis Nike na partida em que os EUA derrotaram a Itália pelo placar de 93 a 61.
Em apenas duas temporadas na NBA, Vince Carter já é uma das principais estrelas da liga. Ele terminou o último campeonato com uma média de 25,7 pontos por jogo, atrás apenas de Shaquille O’Neal (que teve 29,7), Allen Iverson (28,4) e Grant Hill (25,8).
“Jogar com Vince Carter é muito excitante. Ele faz coisas incríveis no ar. Inclusive, o seu começo na NBA é tão bom quanto o de Michael Jordan”, disse o pivô Alonzo Mourning, companheiro de Carter em Sydney.
Mas, para Carter se tornar um Jordan ainda falta ser seis vezes campeão da NBA (sendo escolhido MVP, o melhor jogador, em todas as finais), cinco vezes MVP da temporada, cestinha por dez anos e ficar entre os 50 maiores da história.