São Paulo – O Mundial de Fórmula 1 pode terminar na madrugada de sábado para domingo se Michael Schumacher (Ferrari) marcar pelo menos dois pontos a mais que Mika Hakkinen (McLaren) na 16ª e penúltima do campeonato. A corrida de 53 voltas no circuito de 5.854 metros (totalizando 310,582 km) em Suzuka tem a tradição de decidir campeonatos. A largada será às 3h30 de domingo (horário de Brasília).
A guerra verbal entre os dois pilotos já começou e a disputa na pista promete muita emoção. Na madrugada de quinta para sexta-feira acontecem os primeiros treinos livres e na madrugada seguinte, o treino de classificação. Confira uma volta no circuito com a narração de Alexander Wurz, piloto da Benetton:
“A volta começa em descida, com sexta marcha logo antes da curva 1. Ela é muito rápida, feita em quinta marcha, a cerca de 250 km/h. Aí, freio bem forte para uma parte bastante sinuosa do circuito. O início é feito em terceira marcha, a 175 km/h. Depois há uma seqüência de “esses” em subida, logo atrás dos boxes. Os primeira três curvas são tomadas em quarta marcha a 215 km/h, 175 km/h e 190 km/h, respectivamente.
Então, freio forte para uma curva à direita, feita em terceira marcha, a 140 km/h. Logo depois, há uma curva muito traiçoeira, à esquerda. Ela encerra esta seção do circuito e é feita em quarta marcha e aceleração quase total. Antes de passar debaixo do viaduto, há duas curva à direita, a primeira feita em quarta marcha, a mais de 190 km/h, e a segunda, a 115 km/h, em segunda marcha. Ela é bem difícil. Há então uma reta bem curta e um cotovelo à esquerda, feito em primeira marcha, a 65 km/h.
A tração na saída é muito importante, já que entro em um grande trecho de alta velocidade. Há uma grande curva à direita, onde chego a quase 210 km/h, em quinta marcha. Isso é antes de a curva Spoon, que tem duas partes distintas. A entrada é feita em quarta marcha, a 180 km/h e a saída em terceira, a 130 km/h. É muito importante evitar ao máximo com que o carro saia de frente, o que não é fácil nesta curva, já que este trecho da acesso à reta oposta.
No meio do caminho até a reta dos boxes há a dificílima curva R 130, feita a 275 km/h em sexta marcha, quase pé totalmente embaixo. No fim da reta, chegamos a 290 km/h, em sexta marcha. Aí, temos que frear muito forte para o “s” antes da reta dos boxes. As duas partes são feitas em primeira marcha, a cerca de 60 km/h, e depois acelero para entrar de novo na reta dos boxes.”