Porto Alegre - Os Jogos de Sydney já acabaram, mas a casa da jogadora de handebol Dilane Roese é pura olimpíada. Recordações de todo o tipo, desde o tradicional canguru de pelúcia até a coberta que usava para dormir na Vila Olímpica, vieram para Sapiranga (RS).
"Achei aquele edredom maravilhoso. Nem acreditei quando avisaram que poderíamos levar", conta.
A atleta da Ulbra/Paquetá admite que o oitavo lugar foi merecido.
"Estamos entre os melhores do mundo. Mas ainda não temos como competir com as equipes européias, por exemplo. Elas têm muito mais malícia de jogo", explica.
A manha dos times como a bicampeã Dinamarca é facilmente explicável. Elas treinam juntas o ano inteiro, ao contrário das brasileiras, e têm adversários de alto nível. "Aqui na América do Sul a gente ganha fácil e acaba ficando sem ter com quem jogar. Na Europa, em menos de uma hora de viagem elas estão em outro país", justifica Dilane, que vê no bom trabalho das categorias de base um meio de construir os atletas do futuro.
Agora, a atleta voltará aos treinos na Ulbra até o próximo compromisso da seleção, em novembro, no Pan-Americano de handebol. O técnico da equipe brasileira já está pensando longe. Quer começar a observar atletas de todos o país para aumentar suas opções, visando à Atenas/2004.
"Agora que a gente foi na primeira, não quer deixar de ir nunca mais", disse.