Rio - Alexandre Barros deve decidir até o Grande Prêmio de Motegi, no Japão, marcado para a semana que vem, em qual categoria irá correr no próximo ano. O piloto tem proposta para se transferir para a Superbike, categoria que conta com motores de 600cc ou superiores, mais popular na Europa.
“A Superbike abriu uma possibilidade de um contrato a longo prazo, de dois a três anos. Além disso, me ofereceram uma moto competitiva, com condições de lutar de igual para igual com outros pilotos", afirmou Barros.
Atualmente o piloto da Honda, que ficou em segundo lugar no GP Brasil, disputado sábado, está em quinto na classificação geral do Mundial das 500cc.
“Nas últimas duas semanas, após várias reuniões com os patrocinadores, a coisa melhorou. Há a possibilidade de a Rede Globo entrar definitivamente com esquema de cobertura como o da Fórmula 1", disse o piloto, que afirmou ter mantido contatos com representantes de três multinacionais, além de empresas brasileiras.
Para Barros, a única possibilidade de continuar competindo no Mundial das 500cc seria se conseguisse uma moto em condições de disputar o título. O brasileiro estreou na categoria em 1990 e, desde então, disputou 145 GPs - é o segundo piloto com mais provas na carreira, ao lado de Randy Mamola e conseguiu somente três vitórias.
As duas deste ano contribuíram para que ele chegasse aos 141 pontos, que o deixam em posição intermediária na classificação. Para conseguir o sonhado título, segundo o piloto, o primeiro passo seria que a Honda do Brasil conseguisse da matriz japonesa peças de ponta, que ofereçam boas condições para a temporada do ano que vem.
“O Valentino Rossi (piloto da Honda que venceu o GP Brasil), por exemplo, já competiu este ano com o protótipo de 2001", disse o brasileiro.
Barros conseguiu sábado, pela primeira vez, subir ao pódio na etapa brasileira da categoria. Em 1999, ele fez boa corrida, mas acabou ficando em quarto lugar. “Acho que subir ao pódio abre mais expectativa para o futuro do esporte no Brasil. O crescimento (do motociclismo) é a abertura de uma escola de pilotagem no país. Não nasce de um dia para o outro", disse o piloto, que completa 30 anos no próximo dia 18.
Com a vitória, o italiano Valentino Rossi se consolidou na vice-liderança da temporada. Mas o sexto lugar garantiu o título para o norte-americano Kenny Roberts Jr., da Suzuki. Ele é o primeiro filho de um ex-campeão das 500cc que conseguiu repetir o pai. Kenny Roberts conquistou o título da categoria em 1978, 1979 e 1980.