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Após cinco anos, Schumacher cumpriu o seu objetivo
Segunda-feira, 09 Outubro de 2000, 16h02
Atualizada: Segunda-feira, 09 Outubro de 2000, 16h04

Suzuka (Japão) - Michael Schumacher cumpriu o objetivo que havia fixado para si mesmo ao chegar a Ferrari no final de 1995 tornando a escuderia campeã do mundo, ao final do Grande Prêmio do Japão de Fórmula 1, domingo em Suzuka.

Foi necessário esperar cinco anos para que o piloto mais "caro" do mundo (mais de 50 milhões de dólares anuais) conquistasse para a equipe italiana o título mundial que lhe escapava das mãos desde 1979, com a consagração do sul-africano Jody Scheckter.

Exceto em 1996, ano no qual a desvantagem da Ferrari em relação a Williams-Renault foi significativa, Michael Schumacher sempre perdeu o título na última corrida da temporada.

Em 1997, ante o canadense Jacques Villeneuve em Jerez (sul da Espanha), o piloto alemão manchou sua imagem depois de uma ação pouco clara que poderia ter posto o adversário em risco. Manobra semelhante à que em 1994 lhe valeu um primeiro título com a Benetton-Ford, em detrimento de Damon Hill, em Adelaide (Austrália).

Em 1998, o alemão deixou a vitória e o título em mãos de Mika Hakkinen (McLaren-Mercedes). A pressão psicológica? Michael Schumacher teve um problema de motor no momento da largada e partiu na última posição. Apesar de tudo, teve uma impressionante performance, antes de abandonar a corrida, por causa de um pneu.

Ano passado, o piloto da "Scuderia" perdeu as esperanças no meio da temporada, em Silverstone, depois do acidente que lhe custou uma fratura dupla na perna direita.

Desta vez nada pôde impedir que Michael Schumacher alcançasse seu objetivo. Nem o descontentamento de seus pares depois de uma manobra antiesportiva na largada do Grande Prêmio da França, no circuito de Magny-Cours, no começo de julho prejudicando David Coulthard (McLaren Mercedes), nem os choques depois de alguns metros de corrida na Áustria e na Alemanha.

Por isso, as lágrimas depois da chegada vitoriosa no Grande Prêmio da Itália, e Monza. O piloto demonstrou que apesar de seu fabuloso talento, sua personalidade arrogante e seu estilo narcisista, é também de carne e osso.

Sem se conformar em igualar o mito do brasileiro Ayrton Senna em número de vitórias (41) na Itália, o piloto da "Scuderia" passou a buscar um novo recorde: o de Alain Prost e suas 51 vitórias, e os cinco títulos do legendário piloto argentino Juan Manuel Fangio.

AFP


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