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PT quer barrar cartolas na CPI do Futebol
Quarta-feira, 11 Outubro de 2000, 18h50

Brasília - O PT (Partido dos Trabalhadores) quer que os parlamentares com cargos de dirigentes de clubes, de federações ou da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) declarem-se impedidos de participar da CPI da Nike.

O vice-líder do PT na Câmara, deputado Walter Pinheiro (BA), disse nesta quarta-feira que o apelo será feito no primeiro dia de reunião da CPI.

A composição dos titulares da comissão foi concluída. Entre os 17 nomeados, cinco possuem ligação com o futebol. Como titulares, eles terão direito a voz e voto, mesmo sendo "parte interessada", observa o deputado Pinheiro. "A comissão começa com uma dose grande de mussarela", reclama o deputado, temendo que a investigação do contrato de patrocínio firmado entre a CBF e a Nike acabe em pizza.

O PPB indicou dois cartolas para representar o partido na comissão: os deputados Eurico Miranda (RJ), vice-presidente do Vasco, e Telmo Kirst (RS), presidente do Santa Cruz. E o PFL garantiu vaga para o deputado Ciro Nogueira, presidente do Ríver de Teresina, que tentou, na Comissão de Constituição e Justiça, impedir a instalação da CPI da Nike. Já o PMDB colocou na comissão o deputado Darcísio Perondi (RS), irmão do presidente da Federação Gaúcha de Futebol, Emídio Odósio Perondi. O PDT destacou o ex-presidente do Itabira, Olímpio Pires (MG).

"Eles entendem de futebol", é o argumento dos partidos para as nomeações. O deputado José Genoíno (PT-SP) estranha a presença desses parlamentares na comissão porque "eles integraram a tropa de choque que tentou engavetar a CPI". Segundo Genoíno, eles fizeram de tudo para derrotar a comissão e, na sua opinião, eles certamente irão tentar restringir e limitar a investigação. Para ele, a composição da CPI ficou desfavorável. O PT até tentou ampliar o número de integrantes da CPI, como fez o Senado, para garantir vaga a deputados dos pequenos partidos e equilibrar as discussões. Sem sucesso.

O deputado Darcísio Perondi não se sente impedido de participar da CPI e interpreta a crítica do PT contra parte dos deputados nomeados como uma posição "esquizofrênica, desmemoriada e totalitária". "Se fosse assim, o PT também não poderia ter deputados professores na comissão de fiscalização do Fundef", comenta, referindo-se ao fundo federal aplicado no magistério e no ensino fundamental. O deputado afirma que a Câmara só funciona porque é plural.

Os petistas se perguntavam nesta quarta-feira o que acontecerá se chegar à CPI denúncia contra o Vasco, como o sumiço do dinheiro da bilheteria que Eurico levava no carro após um jogo no Maracanã e diz ter sido assaltado a caminho de casa. "O dirigente que manda no Vasco é o Eurico Miranda", afirma o deputado Pinheiro.

Portanto, raciocina, a CPI deveria convocá-lo a depor, o que pode provocar uma situação inusitada: "Eurico sentaria no banco para responder as denúnicas e, em seguida, pegaria o microfone para fazer perguntas para ele mesmo". Esse quadro, diz Pinheiro, equivaleria ao jogador em campo bater escanteio e correr para fazer o gol de cabeça.

O deputado Genoíno afirmou que se a CPI Mista, com representantes do Senado e da Câmara, tivesse prosperado seria mais fácil diluir o lobby do futebol. Mas não houve acordo entre os presidentes do Senado, Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA), e o da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP). Cada Casa terá sua CPI.

Agência Estado


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