São Paulo - O técnico do São Paulo, Levir Culpi, vem utilizando uma estratégia comum no futebol da várzea para motivar os jogadores dentro de campo: o grito. Na última partida, contra o lanterna Coritiba, o treinador deixou o gramado afônico. "Tive de berrar bastante porque o time estava apenas com nove jogadores; precisava levantar a auto-estima deles", disse.
Segundo ele, a tática está dando certo. A prova é o resultado do último jogo, quando o Tricolor virou o placar e venceu por 3 a 2. "Eles conseguiram captar o espírito e viraram a partida com muita disposição", comemorou o técnico.
O meia Beto afirmou que os gritos do treinador costumam motivar ainda mais os jogadores. "Ele está lá fora e vê melhor o que ocorre dentro de campo", disse. No entanto, para Beto, alguns atletas podem sentir-se intimidados. "Isso depende de cada um."
Levir Culpi acredita que alguns jogadores estão passando por um momento psicológico delicado no São Paulo. Ele citou como exemplo o zagueiro Wilson, que falhou na goleada sofrida na partida contra o Vitória e, na quarta-feira, estava bastante inseguro.
Por causa disso, o técnico já confirmou a entrada de Rogério Pinheiro, que cumpriu suspensão, na zaga, ao lado do paraguaio Ayala para a partida de domingo, contra o Botafogo, em Niterói. "Vou dar um tempo para o Wilson, porque a pressão da torcida está muito forte em cima dele", comenta Levir.
Lesão - Durante a partida de quarta-feira, o atacante Marcelo Ramos sofreu uma lesão no músculo da coxa direita e deverá ficar afastado da equipe por, pelo menos, 20 dias. Sandro Hiroshi será o substituto, formando o ataque junto com o artilheiro França.
Também não poderão atuar, suspensos por expulsões, Beto e Belletti. Com isso, Alexandre e Pimentel devem ganhar mais uma chance no time são-paulino no domingo.