Rio - O presidente da Associação de Futebol Argentino (AFA), Julio Humberto Grondona, disse que o convite para Diego
Maradona assumir uma função na comissão técnica da seleção argentina está
condicionado à recuperação total do vício das drogas por parte do ex-jogador.
"Diego pode cumprir mil funções na seleção, mas primeiro deve estar em
condições, sem nenhum tipo de problema. Ele sabe o que penso e o que lhe
ofereci. Só depende dele, porque para trabalhar na seleção, Maradona deve
estar em condições de poder compartilhar idéias com os demais membros da
comissão", disse o dirigente em entrevista ao jornal argentino Clarín.
O recado de Grondona é para que Maradona prove que não tem mais problemas
com drogas. Atualmente, o ex-craque está em Havana tentando se livrar do
vício da cocaína, que lhe causou danos no coração. O tratamento já dura
desde janeiro, mas os médicos não se arriscam a dizer que o eterno camisa 10
da seleção argentina esteja curado.
"Eu não tenho idéia do que Diego pode fazer pela seleção, mas estando bem,
que venha amanhã mesmo. Haja o que houver ninguém fará oposição. Todos nós o
queremos, mas não nas atuais circustâncias", afirmou o presidente da AFA.
Enquanto o convite a Maradona não é oficial, o técnico da seleção argentina,
Marcelo Bielsa, teve boas notícias. Neste fim de semana, vários jogadores
que desfalcaram a equipe na vitória de 2 a 1 sobre o Uruguai, no último
domingo, pelas Eliminatórias Sul-Americanas da Copa de 2002, vão estar em campo por seus times.
É o caso de Javier Zanetti, Matías Almeyda, Hernán Crespo, Juan
Sebastián Verón e Ariel Ortega, que estavam lesionados, mas já estarão à
disposição de Bielsa para a partida do dia 15 de novembro, contra o Chile,
em Santiago, pela abertura do returno. A Argentina lidera as Eliminatórias
Sul-Americanas, com 22 pontos.