Santos - O Santos poderá conseguir mais uma receita alternativa para ajudar no custeio do seu inflacionado elenco de jogadores: está marcada para segunda-feira, na Vila Belmiro, uma reunião com executivos da World Sports Merchandising, da Argentina, para a discussão de um contrato de três anos para a exploração da marca do clube.
No primeiro ano, o Santos receberia US$ 1,5 milhão, segundo o presidente Marcelo Teixeira, e, a cada 12 meses, os valores seriam corrigidos.
"Estamos muito perto do acerto. Numa reunião que fizemos terça-feira, foi pequena a diferença entre o que estamos pedindo e o que eles nos oferecem. Pelo contrato, a WSM vai vender inúmeros produtos com a marca Santos, em lojas espalhadas em pontos estratégicos no Brasil e no exterior", explicou Teixeira.
Embora o clube tenha de vender um jogador por mês para fazer frente aos gastos no futebol, o dirigente negou que a Federação Paulista esteja pagando parte do salário de R$ 400 mil de Edmundo.
"A parte dela foi a ajuda de US$ 500 mil, referente à primeira parcela paga ao Vasco pelo empréstimo de um ano do jogador. Já quitamos a segunda e a terceira parcelas com o repasse de créditos que tínhamos com a Ponte Preta, que também tinha uma importância para receber do Vasco", esclareceu o dirigente.
Teixeira confirmou que, para manter os salários em dia, teve de pedir à TV Globo o pagamento antecipado de US$ 2 milhões, referentes às cotas a que o Santos tem direito nos jogos da Copa JH.
"Em novembro, ainda teremos um restante a receber pela participação na Copa", disse. "Foi noticiado que a Federação nos antecipou cotas dos nossos jogos no Campeonato Paulista do próximo ano, mas isso não é verdade. Não devemos nada à Federação e nem pedimos pagamentos antecipados", garantiu Teixeira.
O dirigente informou que o contrato com o Alpha Club termina em dezembro e que já estão sendo estudadas propostas para um novo contrato de patrocínio de camisas. "O Santos também está tentando uma solução negociada com o grupo mexicano de investidores CIE e a Octagon, do Brasil, para receber parte da multa de US$ 3,5 milhões, prevista no protocolo de intenções, a ser paga pela parte que desistisse do contrato de parceria."
O assunto vem sendo tratado pelo departamento jurídico do clube, e a tendência é de que saia um acordo em breve. "Não deverá ser necessário ingressarmos na Justiça para cobrar a multa, que foi acertada para cobrir os gastos que tivemos com a preparação do clube para celebrar a parceria, que acabou não acontecendo", explicou Teixeira.