São Paulo – O duelo entre as piores equipes da Copa João Havelange não poderia terminar de outra forma. Santa Cruz e Coritiba,
penúltimo colocado e lanterna da competição, respectivamente, fizeram uma
partida sem emoção e empataram em 1 a 1 neste domingo, no Estádio do Arruda,
em Recife.
As duas equipes fizeram uma partida de pouca qualidade. Com muitos chutes
para o alto, divididas e passes errados, Santa Cruz e Coritiba mostraram o
porquê de figurarem nas duas últimas posições da Copa João Havelange.
A primeira chance de gol do jogo aconteceu apenas aos 17 minutos quando o
meia Márcio Allan aproveitou um rebote da zaga para chutar a bola rente à
trave. Apresentando um futebol burocrático, o Coritiba só conseguia chegar
perto da área da equipe pernambucana em jogadas individuais do atacante Da
Silva e do lateral Reginaldo Araújo.
Em uma dessas jogadas, aos 19 minutos, Reginaldo cruzou do lado direito. Da
Silva bateu de primeira obrigando João Carlos a fazer uma boa defesa. Quatro
minutos depois, uma jogada semelhante. Reginaldo Araújo cruzou rasteiro e
Marquinhos não alcançou.
E quando tudo indicava que o gol do Coritiba estava maduro, o Santa Cruz
jogou um balde de água fria. Aos 24 minutos, Márcio Allan lançou Róbson na
área, o atacante travou com o goleiro Gilberto e a bola sobrou para ele
mesmo tocar para fundo da rede. Santa Cruz 1 a 0.
O gol do Tricolor pernambucano esfriou o ânimo dos jogadores do Coritiba que
nos minutos seguintes pouco criaram. Ao contrário, quem melhorou na partida
foi o Santa Cruz, que se aproveitou dos erros de passe da equipe paranaense
para tentar ampliar o placar.
Indo em busca do segundo gol, o Santa Cruz ressuscitou o já morto Coritiba.
Com espaço nos contra-ataques, Da Silva deitou e rolou e só não fez o gol de
empate por abusar das jogadas individuais. Aos 45 minutos, Da Silva carregou
desde a intermediária, driblou dois zagueiros e na marca do pênalti chutou
nas mãos do goleiro João Carlos.
No segundo tempo a partida perdeu ainda mais em qualidade. Os erros de
passes que eram comuns nos 45 minutos iniciais, aumentaram na segunda etapa.
Um reflexo da pobreza técnica de Santa Cruz e Coritiba foi que somente aos
22 minutos do segundo tempo, o goleiro Gilberto foi exigido. Róbson
aproveitou uma falha do meia Willians, limpou dois zagueiros e chutou.
Gilberto espalmou e Betinho, impedido, tocou para dentro. O árbitro Saul
Duarte anulou o que seria o segundo gol do Santa Cruz.
Atrás no placar, o Coritiba forçou o Santa Cruz para o seu campo de defesa.
Mas mesmo assim, a zaga do Santa Cruz só era acionada nos cruzamentos. A
apatia da partida só mudou aos 38 minutos quando Robert recebeu sozinho na
direita e cruzou para Da Silva tocar para dentro. 1 a 1.
Animado pelo gol de empate o Coxa foi para cima e perdeu inúmeras chances de
virar o placar. Aos 45 minutos, o Coritiba perdeu a melhor chance de gol do
jogo. Da Silva cabeceou na trave e bola pegou no travessão e não entrou. O
Santa Cruz, totalmente abatido, apenas esperava o apito final do árbitro.
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Santa
Cruz
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Coritiba
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1
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1
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Ficha
Técnica
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Local |
Arruda |
Público |
Não
divulgado |
Renda |
Não
divulgada |
Cartão
amarelo |
Dário,
Marcelinho (Santa Cruz) Luiz Carlos (Coritiba) Gols: 23', Róbson,
83', Da Silva |
Cartão
vermelho |
Nenhum |
Gols |
23',
Róbson, 83', Da Silva |
Juiz |
Saul
Brito Duarte (BA) |
Santa
Cruz |
João
Carlos, Wellington, Janduir, Marcílio e Hilton; Dário, Batata (75',
Branco), Marcelinho e Márcio Allan (81', Fabiano); Ricardo (64',
Betinho) e Róbson. Técnico: Nereu Pinheiro
|
Coritiba |
Gilberto,
Reginaldo Araújo, Leonardo, Luiz Carlos e Carlos Roberto; Ataliba
(80', Lima), Willians, Daniel (Leandro Tavares) e Wallace; Da Silva
e Marquinhos. Técnico: Ivo Wortmann |
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