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Romário põe a culpa no pai por sonegação
Segunda-feira, 16 Outubro de 2000, 23h53
Atualizada: Terça-feira, 17 Outubro de 2000, 00h17

Rio - Na tentativa de se livrar de uma ação penal por sonegação de impostos e outras supostas irregularidades, o jogador Romário tentou transferir para seu pai, o comerciante Edevair de Souza Faria, a responsabilidade pelas dívidas com a Receita Federal, de mais de R$ 1 milhão, e transações não esclarecidas nas investigações sobre a vida fiscal do atleta. Ao longo de inquérito aberto pela Polícia Federal em 1996, a defesa de Romário, por orientação do jogador, agiu no sentido de incriminar Edevair.

O argumento do atacante era a de que ele havia delegado ao pai a administração de todos os seus negócios, por meio da procuração 053, registrada no 18.º Ofício de Notas do Rio e datada de 20 de dezembro de 1991. Na época, Romário atuava pelo PSV, da Holanda, e era casado com Monica Santoro pelo regime de comunhão parcial de bens. Três anos depois, Monica pediu à Justiça o cancelamento do ato, em seu nome.

O Ministério Público Federal (MPF), porém, não reconheceu o documento como válido para que Edevair arcasse com o ônus tributário dos negócios de Romário. Na avaliação do MPF, a obrigação com o Leão é intransferível e, ainda que não fosse, Edevair só tomava decisões a respeito dos bens e contas de Romário após consultar o filho. A Receita Federal também concluiu que o craque não podia dispensar a terceiros suas obrigações com o Fisco.

Se a juíza Valéria Caldi Magalhães, da 8.ª Vara Federal Criminal, acatar recurso do MPF, o que deve ser anunciado hoje ou amanhã, Romário será indiciado por sonegação fiscal e terá seu sigilo bancário quebrado. Neste caso, se o atacante mantiver, em depoimento à Justiça, a postura de tentar responsabilizar o pai, o MPF também vai denunciar Edevair, que então teria de prestar esclarecimentos.

A empresa RSF Eventos e Promoções LTDA., que administra alguns dos negócios de Romário, tem como sócios majoritários Edevair e a mãe do atacante, Manuela Ladislau Faria, conhecida como dona Lita. No relatório de investigação, a Polícia Federal (PF) explica que ficou constatado que os dois "não dispunham de rendimentos capazes de sustentar a aquisição de bens" pertencentes a empresa.

Segundo a PF, isso demonstra que Romário era o verdadeiro comprador dos bens. Em 1996, a RSF vendeu três apartamentos à empresa Osmatia International LTD, com sede nas Ilhas Virgens Britânicas, conhecido paraíso fiscal. Avaliados em R$ 800 mil, os imóveis foram vendidos por apenas R$ 200 mil. O contador de Romário, Adevair Silveira Freitas, é procurador da Osmatia, o que gerou uma suspeita do MPF de que teria sido cometido o crime de evasão de divisas. Questionado pela polícia sobre a venda dos apartamentos, Romário se eximiu de responsabilidade, afirmando que o pai era o responsável pela venda dos imóveis. Edevair garantiu não se lembrar do negócio.

Agência Estado


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