Rio - O atacante do Boca Juniors Martín Palermo, que ficou famoso por ter desperdiçado três pênaltis numa mesma partida pela seleção argentina, sonha poder defender de novo as cores de seu país. Ele afirmou que está ansioso pela convocação para a partida contra o Chile, dia 15 de novembro, em Santiago, pela rodada de aberura do returno das Eliminatórias Sul-Americanas da Copa de 2002.
Palermo se vê em condições de brigar por uma vaga com qualquer um, menos com Gabriel Batistuta.
"Sempre estou esperando ser lembrado, apesar de agora não haver nenhum sinal de que possa ser convocado. Mas, não me entrego, pois o único jogador indiscutível na seleção é Batistuta. Depois dele, posso ocupar a vaga de qualquer um", disse o atacante do Boca.
A admiração de Palermo não é gratuita. Batistuta, da Roma, é o maior goleador da seleção argentina de todos os tempos, superando, inclusive, o ex-craque Diego Maradona. Já o jogador do Boca Juniors não tem uma lembrança muito boa da última vez em que serviu à equipe nacional. Na disputa da Copa América, em 99, Palermo perdeu três pênaltis no confronto contra a Colômbia.
Depois do recorde indesejado, Palermo não voltou a ser chamado pelo técnico Marcelo Bielsa, que deu preferência a outros jogadores, como Hernán Crespo, Ariel Ortega, Claudio López, Julio Cruz, entre outros.
Na última semana, Bielsa destacou as virtudes futebolísticas e humanas de Palermo. No entanto, disse que não o chamava porque não via lugar para ele na seleção argentina, descartando que os três pênaltis perdidos ainda influenciem na sua escolha.
Atualmente, o atacante do Boca é o artilheiro do Torneio Apertura do futebol argentino, com nove gols em dez jogos. Ele vem de uma inatividade de de mais de seis meses, em razão de uma lesão no joelho direito, na época em que estava cotado para se transferir para o futebol italiano.