Brasília - Entre os 34 titulares e suplentes da CPI da Nike, 11 deputados são ligados a clubes e federações de futebol. O cartola mais conhecido é o deputado Eurico Miranda que conseguiu do seu partido, o PPB, a indicação para ser um dos três vice-presidentes da comissão.

Outro que nesta terça-feira durante a instalação da CPI demonstrou disposição para brigar pelos interesses do clube foi o deputado Darcísio Perondi, irmão do presidente da Federação Gaúcha de Futebol. Ele era um dos que tentava boicotar a nomeação do deputado Aldo Rebelo (PC do B) para a presidência da comissão, chegaram a ligar até para o secretário-geral da Presidência da República, Aloysio Nunes Ferreira. A sessão de instalação começou com mais de uma hora de atraso.

No grupo de titulares com direito a voto e voz estão ainda Nelo Rodolfo (PMDB-SP), que é conselheiro do Palmeiras; Olimpio Pires (PDT-MG), ex-presidente do Itabira; Luciano Bivar (PSL/PE), presidente do Sport; Ciro Nogueira (PFL-PI), presidente do River de Teresina; e Jaime Martins (PFL-MG), conselheiro do Cruzeiro.

Faltas - Mas quando um dos titulares falta, o suplente ganha a chance de se manifestar. Foi isso que aconteceu nesta terça-feira na votação da chapa única para a presidência e as três vice-presidências da CPI da Nike. O deputado Silas Câmara (PTB-AM) faltou à sessão e, em seu lugar, votou o deputado Fernando Gonçalves, um amigo de Eurico Miranda, vice-presidente do Vasco, e também integrante do PPB do Rio de Janeiro.

Daí a importância de se ter deputados afinados com os clubes também neste grupo de suplentes. Estão entre eles: Max Rosenmann (PSDB-PR), conselheiro do Paraná Clube, Chico Sardelli (PFL-SP), que é vice-presidente da Federação Paulista de Futebol e Ronaldo Vasconcelos (PFL-MG), conselheiro do Atlético.

Titulares são 18 - A oposição ganhou a presidência da comissão que caberia ao PFL indicar, mas como é de praxe na Câmara normalmente assume quem propõe a CPI. O PT também conseguiu emplacar o deputado Pedro Celso (DF) para uma das vice-presidências. A comissão tem ao todo 18 titulares: quatro são do bloco PSDB-PTB, três do bloco PMDB-PST-PTN, outros três do PFL, dois do PT, dois do PPB, um do PDT, um do bloco PSB-PC do B, um do bloco PL-PSL e um do PPS. A composição da direção da CPI foi aprovada por unanimidade dos 18 titulares, depois de selado o acordo de lideranças.

Agência Estado