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Leão queria ser médico, mas foi parar no gol
Quinta-feira, 19 Outubro de 2000, 13h55

Rio - Émerson Leão é paulista de Ribeirão Preto, nascido em 11 julho de 1949. Filho de Vani Mechelutti e Rafael Leão Filho, os avós maternos eram de nacionalidade italiana e os paternos espanhóis.

Leão é casado com Evani Carvalho e pai de Camila e Amanda. Viveu até os 16 anos em sua cidade natal. Quando o futebol não passava de uma brincadeira, Leão gostava de atuar como atacante. Sonhava seguir o curso de medicina até o dia em que se mudou para São José dos Campos, onde iniciou sua carreira esportiva jogando como goleiro de futebol de salão.

Passou para os gramados atendendo a um pedido do técnico Diéde Lameiro, defendendo o São José. Foi para o Comercial, de Ribeirão Preto, onde se destacou e acabou sendo contratado pelos dirigentes do Palmeiras, em princípio por empréstimo, em 1969. Lançado como titular - estreou com vitória por 2 a 0 contra o Juventus.

João Saldanha o convocou para a seleção que iria disputar as Eliminatórias para a Copa de 1970. Leão atuou em vários amistosos e disputava a posição com Ado, outro novato. Acabou indo para o México como terceiro goleiro, uma vez que o novo técnico da seleção, Zagallo, preferiu efetivar Félix, do Fluminense.

Leão vestiu a camisa da Seleção Brasileira 105 vezes. Disputou outras três Copas do Mundo, mas foi campeão mundial apenas em 1970, aos 20 anos. Atuou como titular em 74 e 78, fechando seu ciclo na Copa de 1986, novamente como reserva. Leão foi campeão jogando como titular da seleção brasileira na Copa Independência em 1972 e do Torneio Bicentenário dos Estados Unidos em 1976.

Destacou-se como goleiro nos clubes que defendeu, tendo sido três vezes campeão brasileiro -72 e 74, pelo Palmeiras, e 1981, pelo Grêmio. Conquistou quatro títulos estaduais em São Paulo, sendo 72, 74 e 76 defendendo o Palmeiras e, em 1983, o Corinthians. Foi ainda campeão gaúcho em 1980, pelo Grêmio. Defendeu também Comercial, de Ribeirão Preto, e Vasco.

A saída do Palmeiras foi problemática. Ficou aborrecido por ter sido responsabilizado pela perda do título brasileiro de 1978, quando se desentendeu com o então atacante do Guarani, Careca. Agrediu o adversário, foi expulso, e viu sua equipe perder por 1 a 0 o primeiro jogo da decisão, no Morumbi, justamente na cobrança do pênalti que ele havia provocado. Na segunda partida, em Campinas - sem Leão -, o Palmeiras perdeu novamente por 1 a 0.

O ambiente no clube paulista ficou ruim e a solução acabou sendo a transferência para o Vasco, pelo qual foi duas vezes vice-campeão estadual e uma vez vice brasileiro. Já em 1980, Leão passou a defender o Grêmio. Retornou para São Paulo em 1983, vestindo agora a camisa do Corinthians. Leão retornou ao Parque Antarctica em 1984.

L!Sportpress


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