Roma - A Procuradoria de Roma anunciou nesta quinta-feira que vai investigar o jogador argentino Juan Sebastián Verón, que atua pela
Lazio, e o presidente do clube romano, Sergio Cragnotti, por falsificação de
documentos. O fiscal Siverio Piro acusou também o empresário de Véron,
Gustavo Mascardi, e seu colaborador, Francisco Hidalgo, além de uma
funcionária de um escritório de advocacia de Buenos Aires, María Elena
Tebaldi, e dos dirigentes da Lazio Nello Governato e Felice Pulici.
O escritório argentino foi o responsável por obter a documentação necessária
para que o meia conseguisse passaporte italiano. Ainda estão envolvidos no
caso outro funcionário do escritório e um trabalhador da cidade de Fagnano
Castello.
Sobre o trabalhador pesa a acusação de ter emitido um certificado
comprovando o parentesco entre Verón e Giuseppe Porcella, que teria emigrado
para a Argentina no século 19.
A investigação já está prevista desde julho deste ano. Na época, o advogado
da Lazio, Ugo Longo, assegurou que o clube nada tinha a ver com uma eventual
falsificação e que estaria esperando uma definição para pronunciar-se diante
dos juizes. Ainda segundo Longo, o presidente Sergio Cragnotti já havia
denunciado María Elena Tebaldi e todos os outros envolvidos por fraude.
A naturalização de Verón permitiria ao clube de Roma adquirir novos
jogadores não pertencentes à Comunidade Européia. Segundo o regulamento
vigente, cada equipe pode ter até três atletas extra-comunitários.