São Paulo – Em clima de corrida amistosa, a Formula 1 chega à Malásia com o título mundial de construtores ainda indefinido. A Ferrari tem grandes chances de repetir a festa que Michael Schumacher fez no Japão pois, precisa marcar apenas mais três pontos. Serão 56 voltas nos 5.543 metros do circuito de Sepang, totalizando 310,408 qilômetros. Schumacher promete dar uma mão para que Rubens Barrichello consiga a segunda vitória de sua carreira, mas a McLaren não quer perder mais esta briga e luta por uma dobradinha.
As emoções da última prova da temporada de 2000 começam na madrugada de quinta para sexta-feira, com os primeiros treinos livres. A largada será às 5h de domingo (horário de Brasília). Confira a narração de uma volta na pista, com a narração de Giancarlo Fisichella, da Benetton:
“Depois de passar pelos boxes, começo a volta na longa reta dos boxes, atingindo cerca de 300 km/h em sexta marcha antes de frear muito forte para fazer a primeira curva à direita. Ela é feita em segudna marcha, a 75 km/h. Logo depois vem uma curva à esquerda. Mantenho em segunda, mas a velocidade cai para 70 km/h. Ao sair dessa curva, acelero em uma leve tomada à direita e uma pequena reta. Marcha lá em cima e a velocidade chega perto de 290 km/h.
Logo em seguida há uma freada forte para a terceira curva, segunda marcha, a cerca de 100 km/h. A partir daqui, entro em um “s” bem difícil. A primeira parte é feita em quarta marcha, a 225 km/h. Nela eu tiro um pouquinho o pé do acelerador e dou um toque bem leve no freio para estabilizar o carro. Mantenho a quarta marcha, dou mais um toquezinho no freio e entro na curva 5 a 215 km/h.
Logo antes da freada para a curva 6, chego um pouco acima de 270 km/h. Depois, há duas curvas em seqüencia para a direta, feitas a 177 km/h, em quarta marcha. Há de novo uma pequena reta, onde atinjo 275 km/h. Ela dá acesso à curva 8, muito fechada, feita em primeira marcha, a 65km/h. Acelero então na saída dela e coloco a quarta marcha por poucos instantes, antes de reduzir para terceira e fazer a curva 9, a 148 km/h. Depois vem a aceleração que é mantida na curva 10, feita em quinta marcha, a 240 km/h. Apenas alivio um pouco o pé do acelerador para dar mais estabilidade, junto com um leve toque no freio.
A curva 11 é muito longa e fechada, feita em segunda marcha, a 115 km/h. Ela é muito importante, pois leva à reta oposta, onde ultrapasso os 300 km/h em sexta marcha. Isso tudo, antes de frear forte para a curva final. Ela é feita em segunda marcha, a 82 km/h. Este é um dos pontos de ultrapassagem. Para isso, uma boa saída na curva 11 e estabilidade na freada da 12 são extremamente importantes.”