Rio - O ex-técnico da seleção Wanderley Luxemburgo prestou, nesta sexta-feira, depoimento na 1ª delegacia de Polícia Civil, no centro do Rio, e apresentou provas para acusar a estudante de Direito Renata Carla Moura Alves de extorsão e calúnia.
O treinador levou uma fita cassete e um fax ao delegado Carlos Heitor Sanches, que considerou que há "comprovantes contundentes" de que houve chantagem. A fita contém a gravação uma conversa entre o advogado de Luxemburgo, Michel Assef, e supostamento o advogado de Renata, Aralton Lima Júnior.
Durante o encontro, a voz, que seria de Lima Júnior, pede o pagamento de R$ 1,5 milhão para que a estudante parasse de acusar o treinador. Em um fax, que estaria assinado por Renata e pelo advogado, eles fazem o mesmo pedido. Sanchés afirmou que acredita na autenticidade da fita apresentada por Luxemburgo, que foi gravada no escritório de Assef.
Isto porque a fita foi periciada, a pedido do treinador, por Mauro Ricartes, ex-diretor do Instituto de Cirminnalística Carlos Éboli. "Ele é confiável e um dos melhores do Rio, mas devo aguardar a perícia oficial", explicou.
O treinador evitou a imprensa, contando com a ajuda do delegado, que informou que não haveria depoimento para despistar os jornalistas. Segundo Sanchés, Luxemburgo estava "tranqüilo e equilibrado" durante o depoimento, que durou uma hora e meia.
Originado em uma notícia crime apresentada por Assef, o inquérito será encaminhado ao Ministério Público Federal (MPF), que o analisará e, depois, pode enviá-lo para a Justiça.