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Pelé chega aos 60 anos longe de Santos
Segunda-feira, 23 Outubro de 2000, 10h02

São Paulo - Pelé chega aos 60 anos, nesta segunda-feira, aparentando pouco mais de 40 e conservando a forma física de atleta, apenas com cinco quilos acima do peso que manteve enquanto jogava.

Porém, algumas coisas mudaram na sua vida. Sua bola agora é a de tênis e o seu barbeiro favorito deixou de ser o Didi, cujo salão fica perto do estádio da Vila Belmiro. Hoje Pelé raramente vai a Santos, onde mora a maior parte de sua família: a mãe, dona Celeste; os irmãos Jair (Zoca) e Maria Lúcia, os filhos Edinho e Sandra Regina -que acaba de se eleger vereadora na cidade-, além dos sobrinhos.

Os cerca de 50 imóveis que tem na Baixada são administrados pela empresa Pelé Comércio, Empreendimentos e Participações, instalada na rua Riachuelo, no centro de Santos, que emprega dez funcionários.

Em 2 de novembro, Pelé vai enriquecer a história do estádio de Wembley, em Londres, cobrando um pênalti no célebre goleiro britânico Gordon Banks, cego de uma vista. Será a primeira e última vez que Pelé entrará no gramado daquele que sempre foi considerado o templo do futebol, porque brevemente o estádio vai ser demolido.

"Ele está preocupado em converter o pênalti. Já imaginou se chutar para fora, na trave ou se o Banks defender? Pedi para ele cobrar com a paradinha e tenho certeza de que vai ser gol", torce José Fornos Rodrigues, o Pepito, que tem 57 anos e há 30 é o empresário de Pelé, embora seja corintiano e não goste e nem entenda de futebol. "Torço apenas quando joga a seleção brasileira e mesmo assim não é sempre."

A última vez em que o "atleta do século" esteve em campo, vestindo a camisa 10 do Santos, foi em 27 de fevereiro de 1996, na inauguração do campo 1 do Centro de Treinamentos Rei Pelé, no bairro do Jabaquara, perto do túnel. Durante 30 minutos ele participou do coletivo, tendo como goleiro adversário o filho Edinho. O técnico do Santos era Candinho, atualmente no Corinthians. Ele fez algumas jogadas ao seu estilo, mas o único gol que marcou foi em Nando, cobrando pênalti.

"Depois disso, não participou de nenhuma "pelada". Em 1998 ele operou o joelho e depois o seu único esporte passou a ser o tênis. Quando vai para sua casa no Guarujá, telefona antes marcando jogos com seu professor", conta Pepito.

Pelé mora com a mulher Assíria e os filhos gêmeos Joshua e Celeste, de 4 anos, na cobertura de um edifício de alto padrão perto da avenida Giovanni Gronchi, no bairro do Morumbi, em São Paulo, e é um dos mais assíduos freqüentadores da academia do prédio, onde mantém a forma.

"Ele procura dar um jeito de fazer exercícios mesmo durante as viagens, que ainda são constantes. Na quinta-feira à noite viajou para a Europa para participar de eventos da Mastercard e da Nokia e também de um congresso da Fifa, como membro de um conselho integrando por ex-jogadores famosos, dentre eles Michel Platini e Franz Beckenbauer.

Ele também tem contratos com a Petrobrás, a Dorsay e Colchões Probel, cuja campanha publicitária deve terminar nos próximos dias. Sua primeira parada foi em Praga, na República Checa, e ainda irá à França, Suíça e, finalmente, à Inglaterra para cobrar o pênalti", revela Pepito.

Como tinha o compromisso de viajar para a Europa na noite de quinta-feira, Pelé antecipou a comemoração de seu aniversário em família para terça-feira da semana passada, quando almoçou com a mãe, os irmãos, o filho Edinho e sobrinhos, em Santos. Depois, deu uma entrevista coletiva na Rádio City Café, em São Vicente, quando defendeu a indicação de Carlos Alberto Parreira para ser o novo técnico da seleção brasileira, falou sobre a crise do futebol brasileiro.

Até fez um comentário sobre a sua filha Sandra: "Esse fato ainda não foi bem explicado. Dizem que não assumi a paternidade, embora há oito anos eu tenha aceitado me submeter ao teste de DNA. Ela escolheu o caminho do sensacionalismo. Amor e carinho não podem ser comprados com dinheiro ou ser conseguido sob pressão. No início, Sandra dizia que apenas pretendia usar o sobrenome do pai, mas agora já há até uma ação dela, que se elegeu vereadora em Santos, pedindo dinheiro. Tudo foi usado como promoção. Só não sei quem a orientou."

Um dos motivos de Pelé ir cada vez menos à Baixada Santista é que ele se afastou do Santos após a eleição de Marcelo Teixeira para presidente. Ele apoiou o candidato da situação, José Paulo Fernandes, para suceder Samir Abdul-Hak, e foi muito atacado por integrantes da oposição, o que o deixou magoado.

Pouco antes da eleição, ainda tentou pacificar o clube, dizendo que aceitaria ser candidato único, com o apoio de Marcelo Teixeira e José Paulo Fernandes. Chegou a ser marcado um encontro com o candidato de oposição, mas Marcelo Teixeira não aceitou o acordo e Pelé sentiu que as portas da Vila Belmiro estavam fechadas para ele. E a diretoria não faz a menor questão de provar que o Santos não esqueceu seu Rei.

Agência Estado


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