Santos - O presidente do Santos, Marcelo Teixeira, desautorizou qualquer
pessoa a demitir o treinador, apesar de já ter definido a saída do técnico. Teixeira está nos Estados Unidos e deve regressar ao Brasil na quarta ou na quinta-feira.
Ele telefonou dos EUA para o clube e afirmou que prefere resolver pessoalmente a situação. Ele quer conversar com Giba, que está em situação
delicada após o quinto resultado negativo consecutivo do Santos: derrotas por 3 a 0 para o Flamengo, no Maracanã; de 2 a 1 para o Gama, em Brasília; e
3 a 1 para o Goiás, em Goiânia; e empates em 3 a 3 com a Ponte Preta e 1 a 1
com o Vasco; ambos na Vila Belmiro.
Apesar de Marcelo Teixeira evitar falar na demissão de Giba, outros
dirigentes estão sondando treinadores. No último domingo, Zagallo afirmou,
no Programa SuperTécnico, da TV Bandeirantes, que Clodoaldo Tavares ligou
para ele. No entanto, acabou acertando com o Flamengo, cujo presidente,
Edmundo dos Santos Silva, fez uma proposta concreta.
Teixeira tem mais tempo que os dirigentes do Flamengo, cuja equipe
volta a jogar nesta terça-feira, pela Copa Mercosul. O Santos somente vai
atuar no próximo sábado, contra o Bahia, na Vila Belmiro.
Para essa partida, o time paulista terá o desfalque de Sangaletti. O
zagueiro terá de cumprir suspensão automática pela expulsão contra o Goiás.
Em compensação, Claudiomiro poder ser a novidade do time. Ele está
recuperado da lesão nos ligamentos do joelho esquerdo.
Esta deve ser uma semana de muitas cobranças no Santos. Afinal, o
clube foi um dos que mais investiram para a Copa João Havelange: algo em
torno de US$ 20 milhões -cerca de R$ 37,6 milhões- nas contratações do
goleiro Carlos Germano, do atacante Edmundo e dos meias Rincón, Robert,
Valdo e Renato. Já a folha de pagamentos do elenco do Santos gira em torno
de R$ 2,5 milhões. Apesar dos investimentos, o time está em 14º lugar na
competição, com 24 pontos em 18 jogos.