Rio - O defensor da Inter de Milão, Matteo Ferrari, declarou à Rádio-1, da RAI, que recebeu insultos racistas durante toda a partida entre a sua equipe e a Udinese, no último sábado. No entanto, ele não quis identificar os autores das agressões pois estes se desculparam ao final da partida.
Ferrari é filho de um italiano e de uma senegalesa e foi o capitão da seleção italiana sub-21 e da equipe que participou das Olimpíadas de Sydney.
O brasileiro Fausto Cané, que atuou no Napoli na década de 60, disse ao mesmo programa de rádio que passou por situação semelhante numa partida entre a sua equipe e o Bari.
“No final das contas me suspenderam por cinco jogos por ter respondido aos insultos que um defensor insistia em me dizer durante todo o jogo”, afirmou o brasileiro.
Segundo Cané, os clubes devem estar atentos à postura dos jogadores em campo, principalmente os mais jovens. Ele sugere também que a Uefa puna severamente os clubes que não coibirem atos racistas de seus atletas.
É o segundo episódio envolvendo racismo em apenas duas semanas na Itália. Na última semana, o francês Patrick Vieira, do Arsenal, acusou o sérvio Sinisa Mijailovic, da Lazio, de o insultar com palavras racistas durante a partida entre as duas equipes pela Copa dos Campeões da Europa.