Santos - Embora evite tocar no assunto, Giba, que deixou o
comando técnico do Santos, admitiu que o seu relacionamento com o atual
elenco do clube influenciou na sua demissão, confirmada nesta segunda-feira.
Ele disse que não teve nenhuma desavença declarada, mas desconfia que alguns
jogadores queriam a sua saída da comissão técnica.
"É claro que qualquer problema no elenco interfere no desempenho do time, o
que acaba trazendo maus resultados. Não quero entrar em detalhes, pois não
adianta ficar trazendo isso a público, mas problemas acontecem em qualquer
equipe, disse Giba.
O treinador garantiu que deixou o Santos sem qualquer mágoa com a diretoria
e que aceitaria voltar ao clube no futuro. Ele foi convidado a continuar na
Vila Belmiro como coordenador técnico, o que, segundo ele, não faria sentido.
"Se eu fui demitido do comando do time, não tem por que eu ficar no comando
de todo o futebol do Santos. Deixo o clube sem mágoa, pois foi ele que me
deu projeção. Hoje sou um dos técnicos mais jovens dentro da elite do
futebol e fui responsável por levar o Santos a uma final de Campeonato
Paulista depois de 16 anos", disse.
A idéia do presidente Marcelo Teixeira era deixar Giba como coordenador
técnico para que, num futuro próximo, voltasse a ocupar o cargo de
treinador. "Não quero ser coordenador técnico, pois não tem nada a ver com a minha
personalidade, com o meu jeito de ser. Eu sou treinador e um dia voltarei
mais bem preparado para dar continuidade ao meu trabalho no Santos", disse Giba, que ainda não recebeu convite de outro clube, embora tenha sido noticiado em Belo Horizonte que o Atlético-MG estaria
interessado nele para ocupar a vaga de Carlos Alberto Parreira, demitido
também na segunda-feira.