Belo Horizonte - O superintendente de Futebol do Atlético Eduardo Maluf reuniu-se com os jogadores ontem cedo, no Centro de Treinamentos, em Vespasiano, para cobrar mais união do grupo. Após a partida contra o Grêmio, o lateral-esquerdo Ronildo e o apoiador Cleison deram declarações culpando a falta de empenho de alguns companheiros - sem citar nomes - pelo fracasso do time.
“Todos os problemas devem ser resolvidos dentro do Atlético, não podem ser levados para a imprensa. O grupo tem que estar fechado, principalmente porque é um ano de eleições no clube", disse Eduardo Maluf, que conversou com Ronildo e Cleison.
As declarações dos dois jogadores provocou revolta no grupo. Na opinião do experiente Gallo, as acusações não condizem com o que está acontecendo no Atlético. “Isso aquie é uma família e qualquer problema tem que ser resolvido dentro de casa. Eu jamais transferiria a responsabilidade para os outros", disse o volante, que teve uma conversa séria com Cleison. O apoiador não gostou da bronca que levou, mas se recusou a fazer qualquer comentário.
Gallo acredita que, com a saída do técnico Carlos Alberto Parreira, o Atlético terá ainda mais dificuldades para superar seus problemas e reconquistar a torcida. “O torcedor é passional e não quer saber dos problemas, somente de gols e vitórias", afirmou Gallo.
O capitão do Atlético ressaltou que os jogadores não estão mal fisicamente. Segundo Gallo, tudo é conseqüência das contusões. “O grupo é reduzido e o número de contusões está sendo grande. Diante da necessidade de se ter o jogador em campo, não dava tempo para que ele se recuperasse totalmente. Rodolfo Mehl (preparador físico) não tem culpa", garantiu.