São Paulo - A Portuguesa, que no início da Copa João Havelange, com os maus resultados era considerada um dos "sacos de pancada" da competição, agora vem encantando a torcida, ao mostrar uma defesa firme e compacta e um grande poder de recuperação. A zaga, uma das mais vazadas com 30 gols sofridos, nos últimos jogos está se acertando. O grande responsável é Tinho, que na ausência do capitão Emerson, tornou-se o grande "xerife" do time e o organizador do setor.
O jogador é o mais regular da equipe nesta temporada. Dos 56 jogos que a equipe do Canindé disputou, ele esteve presente em 53. "É uma boa marca para quem atua como zagueiro", afirma. "Eu tenho alguma vivência no futebol e procuro colocar o que sei, para ajudar os companheiros e organizar o time em campo." Além de acertar a defesa do time, o jogador ainda arrisca algumas avançadas ao ataque e costuma marcar. "Se bobearem deixo minha marca."
A má fase que a equipe passou, no início da competição, segundo o jogador, foi por causa de o treinador Lula Pereira ter problemas para colocar um time base em campo. "Agora que a equipe conseguiu colocar os mesmos jogadores em campo, entrosados, os resultados estão aparecendo." Para a partida de sábado, contra o Cruzeiro, ele prevê um jogo duro e aredita que um ponto será um bom resultado. "A vitória é o nosso objetivo, mas pontuar é importante."
Sério dentro de campo, fora das quatro linhas, o atleta de cristo Tinho gosta de curtir a familia e reunir-se com os amigos. Os companheiros Simão e Evandro o chamam de Paulo Zulu, o comparando ao modelo. "Nunca desfilei e nem pareço com ele," diz descontraído. Tinho é também o informante do elenco. Quando a Portuguesa está viajando, o jogador, "viciado" em Internet, passa as notícias para os companheiros. Aos 29 anos, ele já pensa no futuro. "Quando encerrar a carreira vou abrir uma agência de viagens." afirma.