Rio - Por conta das seguidas expulsões de jogadores do Botafogo na Copa João Havelange, os dirigentes do clube acreditam que o time está sendo prejudicado pelas arbitragens. O presidente Mauro Ney Palmeiro promete fazer um protesto formal junto ao Clube dos 13 e à Comissão de Arbitragem da competição.
Segundo o dirigente, o Botafogo só vai permitir que juízes consagrados apitem os jogos restantes na competição.
Nos últimos dois jogos, foram quatro expulsões. No empate em 2 a 2 com o Sport, no último fim de semana, o lateral-esquerdo Misso e o cabeça-de-área Júnior foram mandados mais cedo para o chuveiro. Já na derrota de 2 a 1 para o Grêmio, na quarta-feira, foi a vez do cabeça-de-área Reidner e do atacante Donizete.
Destas expulsões, uma vem recebendo atenção especial do departamento jurídico do Botafogo: a do lateral Misso. Ele já havia recebido o cartão vermelho no empate em 0 a 0 com o Palmeiras, em agosto, pela segunda rodada da Copa JH. Durante a competição, o regulamento foi mudado e passou a determinar que o jogador reincidente na expulsão cumpriria dois jogos de suspensão.
Assim, Misso, que já não enfrentou o Grêmio, ficaria de fora também do confronto contra o Bahia, dia 4 de novembro, na Fonte Nova. Como ainda falta mais de uma semana para este jogo, os dirigentes alvinegros prometem fazer de tudo para evitar que o regulamento seja levado em conta, sob argumentação de que ele não poderia ser alterado.
Para poder escalar Misso, o Botafogo está disposto até mesmo a recorrer ao Tribunal de Justiça Desportiva, utilizando o caso do Juventus, que conseguiu adiar alguns jogos dos módulos Verde e Branco pelo mesmo motivo. O técnico Antônio Clemente ainda não sabe se poderá contar com Misso, mas já é certo que Reidner e Donizete não poderão ser escalados na Fonte Nova.