Moscou - O campeão do Aberto dos Estados Unidos, Marat Safin, que teve problemas no início da temporada e trocou de técnico quatro vezes neste ano, disse que estava pronto para deixar o tênis há seis meses, antes de sua sorte ter melhorado.
"Naquele momento quis desistir de tudo para sempre", disse Safin após a vitória sobre o italiano Gianluca Pozzi na segunda rodada do Torneio de Moscou, na quinta-feira.
"Acredite, quando se perde jogo após jogo para até mesmo alguns tenistas desconhecidos, você pensa em deixar o esporte", completou.
Safin, que tem 20 anos, deixou o técnico espanhol Rafael Mensua nos primeiros quatro meses da temporada, quando chegou a 5 vitórias e 11 derrotas. Ele conseguiu melhores resultados com o russo Andrei Chesnokov, conquistando o primeiro título em abril, em Barcelona, e outro em Mallorca, uma semana depois. "Mas Chesnokov não queria viajar comigo de um torneio para outro, ele queria ficar com a família em Paris", explicou Safin.
Pouco antes de Wimbledon, o tenista se juntou ao britânico Tony Pickard para aprender a jogar na grama. Depois, para o Aberto dos EUA, ele chamou o técnico russo Alexander Volkov.
Safin, que precisa chegar à final do Torneio de Moscou para ultrapassar Gustavo Kuerten na liderança da Corrida dos Campeões, agora planeja voltar ao primeiro mentor, Mensua, que conhece Safin desde dezembro de 1993. "Nos conhecemos muito bem", disse o tenista russo.