São Paulo - O Brasil ganhou mais quatro medalhas -um ouro, duas prata e um bronze- neste sábado na Paraolimpíada de Sydney na natação. O atletismo rendeu uma prata, a segunda do corredor André Andrade.
Com os resultados do sábado, a natação brasileira atingiu 11 medalhas, três delas nas provas de revezamento.
Mauro Brasil, 18, foi o primeiro. O carioca conseguiu a prata nos 50m livre (categoria S9, para atletas com leve comprometimento de coordenação motora ou em uma das pernas), com o tempo de 27s17. Como ele mesmo havia previsto depois da semifinal da manhã, a briga foi entre Brasil e China.
O ouro foi para Xiaoming Xiong, 18. Ele bateu o recorde mundial, que era de Mauro, com o tempo de 26s36.
Horas antes, nas eliminatórias para a prova, o brasileiro havia estabelecido a marca de 27s06.
"Foi um bom resultado", disse. "Dos 24 atletas que vieram para Sydney, fiquei em segundo. O segundo melhor do mundo."
Pouco depois, foi a vez de Danilo Glasser, 23, fechar a prova dos 50m (categoria S10, para nadadores com uma deficiência mínima em uma das pernas) em 25s89 e ganhar o bronze para o Brasil. "Foi a melhor prova da minha vida!", comemorou o nadador, que começou a treinar em Americana em 1998 e veio para Sydney com o 14º melhor tempo de sua classe.
"Não esperava, nem sei ainda o que estou sentindo", disse, dedicando o pódio a seu filho de dez meses, Giovanni, e à mulher Karina, 21.
Mas a coroação veio com a primeira medalha de uma brasileira cega na natação paraolímpica. Fabiana Sugimori, 20 anos, de Campinas, só soube que havia ganho a medalha de ouro quando foi abraçada por seu guia, depois de sair da água.
Fabiana fechou a prova em 33s51. Foi a revanche de Atlanta. Nas paraolímpiadas de 1996, ela estava em terceiro lugar na prova quando se enganchou na raia, terminando em sexto.
"Desta vez, bati na raia algumas vezes, mas consegui manter a linha", comemorou. "Isto é maravilhoso!"
Ela compete na categoria S11, para atletas cegas.
Finalmente, a equipe de revezamento 4x50 medley (até 20 pontos) conquistou mais uma prata, fechando a prova em 2m41s40.
Agora o Brasil ocupa a 23ª colocação, com 6 medalhas de ouro, 10 de prata e 5 de bronze. A primeira posição está com a Austrália, que já ganhou 64 medalhas de ouro, 37 de prata e 46 de bronze.
Confira o quadro de medalhas