São Paulo - Magoado com o ex-técnico Giba e com os dirigentes santistas, Márcio Santos, que agora é dono do próprio passe, espera dar a volta por cima na próxima temporada. Treinando sozinho na cidade de Camboriú para manter a forma, ele diz que nada tem a mostrar para ninguém porque se não jogou tudo que podia render no Santos foi “por culpa do próprio clube”.
“Os diretores do Santos gastaram um dinheirão para montar o time, mas puseram um técnico inexperiente da equipe de júnior para dirigir a equipe. O cara me perseguiu o tempo inteiro. Mesmo quando alguém se machucava ele não me colocava para jogar”, desabafa o tetracampeão Márcio Santos sempre evitando falar o nome de Giba, ex-treinador santista.
O zagueiro faz questão de inocentar o Santos como clube, mas não pensa o mesmo das pessoas: “ O Santos não tem culpa do que aconteceu comigo. A culpa é sim dos diretores e do treinador que não me quiseram”.
Márcio contou que tinha bom relacionamento com os demais jogadores do time: “Todos queriam que eu ficasse e jogasse. Só o treinador é que cismou comigo. Inclusive proibiu que os meus companheiros comemorassem meu aniversário (foi no dia 15 de setembro) com aquelas tradicionais brincadeiras de time. Isso me magoou muito. Mas o tempo ficou incumbido de esclarecer tudo”.
O zagueiro disse nesta segunda-feira, em Caboriú, que pode acertar com um clube europeu nos próximos dias. Na Copa João Havelange, mesmo que houvesse tempo para sua inscrição, não acredita que algum clube iria investir na sua contratação por causa do acordo do Clube dos 13 de não contratar jogador que já entrou com ação contra clube na Justiça Comum.
Márcio Santos, contratou a advogada Gislaine Nunes, do Sindicato dos Jogadores de São Paulo e moveu uma ação para ganhar o passe livre. E conseguiu. Mas afirma que ainda quer mais: “O Santos tem que me indenizar”. Segundo a advogada Gislaine Nunes, Márcio Santos ainda deve receber perto de R$ 4 milhões do Santos pela multa contratual.