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“Caso Athirson” serve de defesa para Lopes
Quarta-feira, 01 Novembro de 2000, 18h09

Rio - Provar que o meia Lopes, do Palmeiras, não estava dopado no momento da partida contra o Atlético-MG, dia 14 de outubro, pela Copa João Havelange, pode ser a principal estratégia de seu advogado, José Mauro Couto, para inocentá-lo da acusação de doping. Segundo o advogado, a linha de defesa não está totalmente definida, pois, além de não ter estudado o processo, também não conversou com o jogador e os médicos do clube.

Couto explicou que por ser uma droga psicotrópica, os efeitos da cocaína tanto podem estimular, como acalmar. Além disso, esses efeitos são efêmeros, com duração de aproximadamente 12h, como destacou o advogado. Ainda de acordo com ele, os resquícios encontrados na urina do atleta já estavam metabolizados pelo organismo, caracterizando que o possível consumo não havia sido feito na hora da partida.

Apesar de não admitir, a tentativa de provar que Lopes não estava dopado na hora do jogo pode estar baseada no precedente aberto com a absolvição, neste ano, do lateral-esquerdo Athirson, do Flamengo. Apesar da portaria do Ministério da Cultura e Educação (MEC) Nº 531, de 10 de julho de 1985, Art. 6, determinar que seja punido o atleta que apresentar na urina qualquer substância considerada proibida pelo controle de dopagem, o Flamengo conseguiu provar a suposta inocência do jogador.

Outra hipótese a ser considerada para este tipo de defesa é uma tentativa de reduzir uma eventual pena do meia palmeirense. Lopes pode ser suspenso por até 360 dias. Anteriormente, Couto defendeu o ex-volante corintiano Fábio Augusto quando foi encontrada a substância pseudoefedrina em sua urina, no exame a que se submeteu, depois da derrota para o Atlético-PR, no dia 19 de agosto de 1997. Após o julgamento, o jogador foi condenado à pena mínima - 120 dias.

Agência Estado


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