Belo Horizonte - A defesa do Atlético passou no teste contra o Boca Juniors, pela Copa Mercosul, na quarta-feira. Os zagueiros se comportaram bem nas bolas cruzadas para a área e Palermo não teve a chance de cabecear uma bola sequer. Hoje, Cláudio Caçapa e Capria têm mais um desafio: impedir que a bola chegue até Zé Afonso. “Zé Afonso é muito alto e vai exigir muita impulsão. O essencial é nos posicionarmos bem, para que possamos disputar em igualdade de condições as bolas cruzadas sobre a área", disse Caçapa.
Para ele, a preocupação não é somente com Zé Afonso, que mede 1,92m, mas também com o atacante Celso. “Ele tem uma boa impulsão e cabeceia bem. De uma maneira geral, todo o time do América requer cuidado. Se preocuparmos somente com os dois, poderá surgir um elemento surpresa, vindo pelo meio", alertou o zagueiro, um dos destaques do time na vitória de 2 a 0 sobre o Boca Juniors.
Na avaliação de Cláudio Caçapa, o Atlético fez, contra o time argentino, a sua melhor apresentação este ano. Para ele, se a equipe mantiver o nível contra o América, conseguirá outro grande resultado. “O importante é que todos os setores funcionaram bem", disse o zagueiro, que empolga a torcida com as suas arrancadas em direção ao ataque. “Não posso deixar de fazer aquilo que é bom. Vou continuar fazendo isso, até porque, de vez em quando, sai gol. Porém, a prioridade é a marcação", disse.
O armador Lincoln, embora essa não seja a sua característica, garante que está preparado para atuar como um segundo volante contra o América. “Já atuei dessa maneira em outras oportunidades. Com o Parreira, vinha me adaptando naquela posição. Vou exercer a função de volante, de um jogador de contenção, mas com a liberdade de ir para o ataque", disse Lincoln, que prevê um adversário bem fechado. “O América praticamente não tem mais chance de classificação e deverá entrar fechado para complicar para o nosso lado."