Porto Alegre - Ainda sem data marcada, a eleição que vai apontar o presidente do Grêmio para os dois próximos anos provoca discussões a cada dia mais acaloradas. José Alberto Guerreiro garante conservar não apenas o apoio dos conselheiros que impulsionaram sua vitória em 1998, como ter obtido também a adesão de Fábio Koff, o maior ídolo da torcida gremista.

Enquanto Adalberto Preis não oficializa a candidatura, o conselheiro Saul Berdichevski, seu maior cabo eleitoral, é taxativo ao afirmar que muitos eleitores de Guerreiro migraram para a oposição, descontentes com o desempenho do time em campo.

"Pergunte ao torcedor o que ele quer, um elevador bonito ou uma faixa no peito?", provoca Saul, apontando o comando do futebol como o ponto mais frágil da gestão Guerreiro. "Esta direção já contratou 30 jogadores, quatro treinadores e diz que o time ainda está em formação. Falta convicção."

Candidato situacionista em 1998, apoiado pelo então presidente Luiz Carlos Silveira Martins, Saul alcançou 130 votos, contra 161 de Guerreiro. Atualmente, ele coordena um dos 18 comitês de trabalho montados pela oposição. Responsável pelos assuntos do futebol, Saul não esquece de convidar Silveira Martins para todas as reuniões. E projeta para a próxima semana a abertura do comitê oficial da campanha de Adalberto Preis.

A situação também se mobiliza. Além de Fábio Koff, Guerreiro destaca também o apoio que vem recebendo de Rudi Armin Petry, vice-presidente do Conselho Deliberativo e eleitor de Saul na última eleição. "Não só consegui o apoio de conselheiros de grande respeitabilidade, como não perdi o voto de nenhum dos ex-presidentes que estiveram comigo em 1998", vibra ele.

O presidente do Conselho Deliberativo, Oly Fachin, projeta a data de 27 de dezembro como a mais provável para a realização da eleição. Pelo estatuto do clube, o pleito deve ser realizado 15 dias após o encerramento da participação do time na competição que estiver sendo disputada.

Eleitor de Guerreiro, Fachin promete conduzir a eleição com imparcialidade. E não deixa de considerar positiva a mobilização oposicionista.

Zero Hora