SBH - Na derrota do Corinthians para o Cruzeiro, por 3 a 1, na sexta-feira, no Mineirão, pela Copa JH, o meia Marcelinho Carioca foi o alvo número um da torcida celeste. O corintiano pegava na bola, e o coro de vaias começava.
Mas, se depender da diretoria do Cruzeiro, porém, essa mesma torcida que vaiou Marcelinho poderá incentivá-lo na próxima temporada. O vice-presidente Alvimar Perrella reafirmou: o nome do meia é o ideal para reforçar o time mineiro na disputa da Libertadores de 2001.
"O Marcelinho é o jogador que estamos precisando. Ele sabe armar jogadas, municiar o ataque, chutar e fazer gols."
No sábado pela manhã, antes da partida no Mineirão, Alvimar Perrella esteve com o vice-presidente do Corinthians, Antônio Roque Citadini, no San Diego Flat Service, onde o clube paulista estava hospedado em Belo Horizonte.
"Conversei com o Citadini e ele me disse que não vai liberar o Marcelinho, mas o Cruzeiro só vai desistir se ouvir isso do Dualib (presidente do Corinthians)", disse Alvimar.
Citadini respondeu: "Tive uma conversa boa com o Alvimar. Acho que ele percebeu que eu sou mais mineiro do que ele." Ele disse que Marcelinho não sairá do Corinthians de forma alguma.
"Todo mundo quer o Marcelinho, mas ele é o nosso craque e não vai sair", disse.
Marcelinho evita cometar o assunto e garante não ter se encontrado com o vice-presidente do Cruzeiro no San Diego Flat, como chegou a ser noticiado em Belo Horizonte. "Nem o vi e nada tenho a declarar sobre esse assunto", corta o jogador.
O interesse do Cruzeiro pelo meia surgiu devido a um acordo firmado entre os dois clubes e intermediado pelo parceiro de ambos, a Hicks, Muse, Tate & Furst Incorporated.
Gratuitamente, o clube mineiro deceu o atacante Muller ao Corinthians por empréstimo até dezembro. Em troca, o clube paulista ficou de estudar a cessão de um atleta do mesmo nível para reforçar o Cruzeiro na Libertadores de 2001. "Foi um acordo de cavalheiros, mas não ficamos com a obrigação de ceder um jogador. Temos de olhar também quais são os interesses do Corinthians nesse caso", argumenta Citadini.
"Se não der para o Marcelinho vir para o Cruzeiro, poderemos conversar com outro jogador do Corinthians. O Rogério é um bom nome, pois o Felipão gosta muito dele. Mas, se não houver nenhum acordo com o Corinthians, a Hicks se comprometeu a contratar um jogador de qualidade para nos reforçar, seja de qual clube for", explica Alvimar.