Rio - Desde 95, quando o Fluminense derrotou o Flamengo por 3 a 2 na final do Carioca com gol de barriga de Renato Gaúcho, que este clássico não tinha tanto apelo quanto o programado para hoje às 17 horas, no Maracanã. O Fla-Flu deve levar mais de 80 mil pessoas ao estádio – metade delas na expectativa de ver mais um show do sérvio Petkovic e a outra parte com a esperança de que o meia Roger possa justificar todas as manifestações de apreço dos tricolores, contrários à sua saída do clube.
O Fluminense ocupa posição privilegiada na Copa João Havelange – já está classificado, assim como Vasco, Cruzeiro e São Paulo. O Flamengo precisa da vitória. Por isso, o técnico Zagallo escalou um time mais ofensivo, com a presença de Denílson, como meia avançado. Ele barrou Jorginho. Com a escalação de Denílson, a tendência é de que o Flamengo fique com a zaga desprotegida. Caberá aos volantes Leandro Ávila e Rocha resguardarem o setor.
No Fluminense, todas as atenções estão voltadas para Roger, que por pouco não foi negociado com o Benfica. O técnico Espinosa teve dois problemas de última hora: os atacantes Roni e Magno Alves, o artilheiro da competição, tiveram problemas musculares e podem ficar de fora. A situação de Roni é mais complicada. Magno melhorou.
Para Espinosa, o Flu tem de jogar “com inteligência”, aproveitando-se da ansiedade do Flamengo. “É evidente que eles vão vir com tudo para tentar a vitória”, disse. Roger falou de sua emoção por participar da partida. “Sempre sonhei com um Fla-Flu emocionante. Acho que chegou o dia de viver isso.” Roger tentou minimizar o cancelamento das negociações do Fluminense com o Benfica. O Flu deve fechar parceria com algumas empresas nacionais até o próximo fim de semana, o que garantiria sua permanência.