Belo Horizonte - O Cruzeiro quer lotar o Mineirão nesta quarta-feira, às 21h40, para tentar ganhar do Palmeiras com pelo menos dois gols de diferença e garantir a classificação às semifinais da Copa Mercosul. Na semana passada, no Parque Antarctica, em São Paulo, o Palmeiras venceu de 3 a 2, com gols de Juninho, Tuta e Magrão. Geovanni e Sorín diminuíram o prejuízo. Agora, a equipe paulista precisa de apenas um empate. Se o Cruzeiro ganhar com diferença de apenas um gol haverá cobrança de pênaltis.

O técnico Luiz Felipe Scolari fez um apelo à torcida e quer ver pelo menos 70 mil cruzeirenses no Mineirão. Porém, o supervisor Benecy Queiroz informou ontem que a diretoria do Cruzeiro vai solicitar hoje que a Ademg que coloque à venda 90.240 ingressos, a carga máxima do Mineirão. Os preços são de liquidação. A geral estará aberta ao preço de apenas R$ 1. Arquibancada e Cadeira de Setor vão custar R$ 2; e Cadeira Especial, R$ 5. Crianças menores de 12 anos, acompanhadas, entram de graça. Mas as mulheres pagam normalmente. A venda antecipada vai começar no dia do jogo, a partir das 9 horas, na sede do Cruzeiro, à Rua Guajajaras, 1.722, no Barro Preto; no posto do Psiu da Praça 7; e na bilheteria 4 do Mineirão.

Os jogadores tiveram folga ontem, após a vitória de 3 a 1 de virada sobre o Corinthians, sábado a tarde, no Mineirão. A reapresentação será hoje, às 9 horas, na Toca da Raposa. O técnico Luiz Felipe Scolari determinou treinos de tempo integral, de manhã e a tarde, com almoço na Toca. Todos os jogadores estão convocados, mesmo aqueles que jogaram sábado contra o Corinthians. A concentração começa amanhã, às 10 horas.

O artilheiro Oséas deve retornar ao time, depois de ficar de fora do jogo contra o Corinthians, suspenso pelo quinto cartão amarelo. Mas os dois laterais, Sorín e Rodrigo, são dúvidas para o jogo contra o Palmeiras. Os dois passam hoje de manhã por uma revisão médica. Rodrigo levou uma pancada no pé direito durante uma dividida com o lateral esquerdo corintiano André Luís, que na temporada passada jogou no Cruzeiro. Rodrigo saiu de campo com dores no local. Já o lateral esquerdo Sorín está com os dois tornozelos inchados.

O argentino foi vetado para o jogo contra o Corinthians, levando o técnico Luiz Felipe Scolari a improvisar na posição, recuando o meia-esquerdo Sérgio Manoel, que acabou marcando um belo gol, o terceiro do Cruzeiro, no último sábado. Só nesta segunda-feira Sorín vai saber se terá condições físicas de enfrentar o Palmeiras.

Jefferson não teme pênaltis

Se o Cruzeiro ganhar do Palmeiras por uma diferença de apenas um gol e a partida for para os pênaltis, a sorte do time na Copa Mercosul vai depender muito do jovem goleiro Jefferson. Embora não tenha a mesma fama de Taffarel ou Dida, como pegadores de pênaltis, Jefferson tem treinado muito.

“Nunca fui um goleiro que me destacasse tanto como Taffarel e Dida. Sou como um goleiro normal, que pega um ou outro pênalti. Porém, tenho treinado bastante. Sempre fico batendo pênaltis no final do treinos. Na hora, depende muito de quem vai bater. Se vejo que é um jogador que bate muito forte, saio um pouco antes do gol. Se for alguém que cobra colocado, demoro mais um pouco", explicou.

No entanto, Jefferson acha que vai depender de todos. Não adianta nada eu pegar um pênalti e os outros não marcarem. “Mas o ideal é ganhar o jogo nos 90 minutos, com mais de dois gols de diferença, que vai ser mais fácil", observou.

Contra o Palmeiras, o goleiro cruzeirense está esperando um jogo difícil, porque o Cruzeiro está em desvantagem, tendo de ganhar de dois gols de diferença. Na semana passada, em São Paulo, Jefferson salientou que embora o Palmeiras tenha marcado três gols, o Cruzeiro soube administrar a partida e fazer os gols na hora certa.

Quarta-feira vai ser a quinta partida de Jefferson contra o Palmeiras. Na primeira, pela Copa João Havelange, o Cruzeiro ganhou de 1 a 0 em São Paulo. Depois, ganhou de novo em São Paulo por 2 a 0, já pela Copa Mercosul. Na terceira, empatou em 0 a 0 em Ipatinga. E na quarta, perdeu de 3 a 2, em São Paulo.

Time tem poder de reação

A vantagem do Palmeiras no jogo de quarta-feira não preocupa os jogadores do Cruzeiro. Na semana passada, os paulistas ganharam de 3 a 2 e agora o time do técnico Luiz Felipe Scolari vai ter de vencer com pelo menos um gol de diferença para levar a partida para os pênaltis. Ou com dois gols para passar direto às semifinais da Copa Mercosul.

A capacidade do Cruzeiro de enfrentar situações adversas, de reagir quando o placar está desfavorável, foi lembrada ontem pelo volante Marcos Paulo. Ele atribui essa perfomance à união do grupo e ao técnico Luiz Felipe Scolari, que a seu ver sabe colocar o jogador em campo na hora certa. Como o Cruzeiro está enfrentando uma maratona de jogos pelas Copas João Havelange e Mercosul, Felipão optou por um rodízio para não cansar os jogadores.

O último exemplo foi sábado passado, quando o Corinthians começou ganhando o jogo por 1 a 0. “O jogo foi difícil, mas o Cruzeiro manteve a tranqüilidade, a exemplo dos outros jogos, virando a partida para ganhar de 3 a 1", disse Marcos Paulo. O volante lembrou que contra o próprio Palmeiras, na semana passada, o Cruzeiro estava perdendo de 3 a 0, marcou dois gols com Geovanni e Sorín e quase conseguiu empatar. Outro bom resultado, segundo Marcos Paulo, foi contra o Atlético, pela Copa João Havelange. O Galo marcou 2 a 0 e o Cruzeiro soube virar o jogo para 4 a 2.

“É o resultado da união do grupo, com todo mundo sabendo da importância das partidas. Independente de estar no banco ou em campo, o jogador acaba entrando na hora certa devido ao rodízio feito pelo Felipão, que é para não cansar", frisou Marcos Paulo. Pela Copa João Havelange, o Cruzeiro tem mais três jogos: Ponte Preta, sábado, no Mineirão; Flamengo, no Maracanã; e o Curitiba, no Couto Pereira.

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