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São Paulo só fica com Levir até dezembro
Segunda-feira, 06 Novembro de 2000, 17h48
Atualizada: Segunda-feira, 06 Novembro de 2000, 17h50

Diretoria estaria insatisfeita com declarações do treinador e não pretende renovar o contrato, que termina em dezembro

Agência Estado
O técnico Levir Culpi

São Paulo - Levir Culpi não deverá ficar no São Paulo na próxima temporada. A decisão de não renovar o contrato do treinador, que termina em dezembro, já é fato consumado no Morumbi. A saída do técnico - independentemente do resultado do time na competição - porém, somente será anunciada depois de terminada a participação do time na Copa João Havelange.

Os dirigentes até já começaram a estudar o nome do substituto. O preferido da diretoria é Nelsinho Baptista, hoje na Ponte Preta. Ele foi campeão Paulista pelo São Paulo em 98.

Na reunião em que ficou decidida a saída do treinador, os dirigentes também se fecharam numa espécie de pacto e a partir de agora, vão evitar falar sobre o assunto. Na semana passada, talvez até já pressentindo que não vai mais continuar depois de dezembro, Levir chegou a propor aos dirigentes antecipar a renovação do seu contrato por mais um ano: a resposta foi não.

Mas o que teria levado os dirigentes do São Paulo a não ficar com o treinador? “A língua”, garante um assessor da presidência. “O Levir ficou queimado no clube porque falou demais”, disse a fonte. “Houve também a pressão de uma parte do conselho, porque o técnico foi inábil quando xingou o nosso ex-presidente de burro”, comentou um antigo conselheiro.

As chances desperdiçadas pelo São Paulo para garantir vaga na Libertadores -- conseqüência das derrotas nas decisões da Copa do Brasil e Torneio dos Campeões ainda repercutem no Morumbi contra Levir. E mais: a recente discussão que o treinador teve com o diretor de futebol José Dias, as reclamações que sempre faz contra a diretoria após os resultados negativos do time quando justifica aos repórteres que o São Paulo perdeu porque o clube desmanchou a equipe, mais ainda a desvantagem de já não ter bom relacionamento com alguns jogadores, levam Levir Culpi a se distanciar cada vez mais do Morumbi.

Exemplo disso foi Sandro Hiroshi que sequer foi relacionado para o jogo contra o Juventude, em Caxias. Levir estaria desvalorizando o atacante, denunciam alguns assessores do clube. Hiroshi, por sua vez, não fala, mas sabe que dificilmente terá outras chances no time enquanto o atual treinador estiver no comando.

Mas outro argumento contribuiu bastante para levar o clube à decisão de não renovar o contrato do treinador: o alto salário que o técnico recebe. Levir fez contrato com o São Paulo, ainda com o ex-presidente José Augusto Bastos Netos, para receber R$ 140 mil mensais. Para a Comissão Técnica, o treinador ainda contratou o cunhado Luiz Roberto Matter para ser o seu auxiliar-técnico, com salário de R$ 40 mil. Trouxe ainda o coordenador Gilberto Morais para ganhar R$ 20 mil para cuidar do visual do Centro de Treinamento, na Lapa.

“Agora vamos repensar estes valores no futuro. É muito dinheiro para uma Comissão Técnica só”, afirmou um diretor.

Desde que chegou ao clube, Levir vem batendo de frente com a diretoria do São Paulo. Deu declarações que desagradaram os dirigentes e que contribuíram de forma direta para o clube tomar a decisão de não renovar o seu contrato, em dezembro. Entre essas declarações estão:
a) Logo no primeiro dia de clube, em janeiro, quando era apresentado aos repórteres Levir criticou abertamente o Centro de Treinamento, chamando-o de ultrapassado e mal conservado. (tais declarações repercutiram no conselho do clube, pois o CT sempre foi “as meninas dos olhos” do São Paulo).
b) Levir, também em entrevista, chamou o Departamento Jurídico do clube de “incompetente” quando soube que um jogador do São Paulo tinha sido punido pelo Tribunal, na CBF.
c) O técnico não gostou de saber que o ex-presidente José Augusto Bastos Neto criticou o rendimento do time numa partida da Copa João Havelange e o chamou publicamente de “presidente burro”.
d) Ao saber que o diretor José Dias exigiu a reação do time no campeonato após ficar quatro jogos sem vencer, Levir Culpi reagiu e respondeu ao dirigente afirmando que “time que eu dirijo não tem obrigação de vencer. E sim de jogar bem”.
e) Na semana passada Levir Culpi afirmou em entrevista que a “CPI do futebol vai acabar em pizza”. A declaração não foi bem vista no clube por antigos cardeais do Morumbi, os mais conservadores.

Agência Estado


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