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CPI quebra sigilo de empresários e recebe informações de Luxemburgo
Terça-feira, 07 Novembro de 2000, 20h36

Brasília - A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado aprovou hoje a quebra de sigilo bancário e fiscal de 20 empresários e ex-jogadores de futebol, todos credenciados pela Fifa, e de seis empresas que, de alguma forma, têm ligação com estas pessoas. Hoje, o Banco Central enviou à CPI os resultados do sigilo bancário do ex-técnico da seleção brasileira, Wanderley Luxemburgo, da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e da empresa Traffic.

Na sessão administrativa de hoje, a CPI do Senado também aprovou pedido de convocação do empresário José Hawilla, dono da empresa Traffic, que já está com o sigilo quebrado pela CPI da Nike, na Câmara dos Deputados. Hawilla intermediou o fechamento de acordo entre a CBF com a Nike. Além disso, foi convocado para depor o jogador Leonardo, do Milan, que participou das copas de 94 e 98. Segundo o relator da comissão, Geraldo Althof (PFL-SC), ainda esta semana serão entregues os primeiros resultados da quebra de sigilo fiscal de várias pessoas pela Receita Federal.

Na lista de empresários com pedido de quebra de sigilo aprovado estão Juan Figer, o uruguaio que negociou o passe de Lucas, do Atlético para o Rennes, da França, por US$ 21 milhões. Figer também negociou o passe de Edu, do São Paulo, para o Celta, da Espanha, por US$ 5 milhões, além de Fábio, também do São Paulo, para o Valência, da Espanha, por US$ 7,3 milhões. Figer é considerado um dos empresários mais fortes do esporte brasileiro.

Outro que faz parte da lista de quebra de sigilo é o ex-goleiro do Flamengo e atual empresário Gilmar Luiz Rinaldi. Ele disse que a quebra de sigilo é "desnecessária" porque não haveria "nada de errado nas transações" das quais participou. A última transação intermediada por Gilmar foi a venda de Mozart, do Flamengo, para o Régia, da Itália, por US$ 4 milhões. A lista também traz o nome do ex-jogador Pedro Luiz Vicençote, o Pedrinho, e de Edino Nazareth Filho, o Edinho.

A CPI pediu ainda a quebra de sigilo de Sylvio Tukasa Aki, João Henrique Areias, Giuliano Bertolucci, Wadih Assady Coury, Marcel Figer, Antônio Galante, Cláudio Guadagno, Joseph Lee Yue Hung, Adelson Duarte Monte Alto, José Gomes Nogueira, Elio de Aparecido Oliveira, Reinaldo Menezes da Rocha Pitta, Leo Rabello, Eduardo Uram, Gilmar Isaias Jara Veloz, Pedro Luiz Vicençote e Luis Vianna.

Também foi pedida a quebra de sigilo das empresas Systema Ltda, MJF Publicidade e Promoções S/C Ltda, Galante Comunicações Ltda, Sportlink Marketing Esportivo, Kirin Soccer S/C Ltda e OJ Marketing e Eventos Esportivos Ltda.

A CPI vai ouvir a presidente do Conselho de Controle de Atividades Financeiras do Ministério da Fazena, Adrienne Gianetti Nelson de Senna, e o presidente da Federação Metropolitana de Futebol do DF, Weber Magalhães.

Agência Estado


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