Rio - A notícia de que a CPI do Futebol deve
aprovar a quebra dos sigilos bancário, telefônico e fiscal dos principais
empresários de futebol no país não assustou aqueles que estão na mira do
senadores. Os agentes credenciados pela Fifa afirmaram que não têm nada a
temer e que, se forem convocados, vão comparecer ao Senado.
“Só tenho conhecimento do que está sendo anunciado pelos jornais,
mas estou absolutamente tranqüilo. Vou colaborar assim que me convidarem,
pois não tenho nada a esconder. Meu escritório é legalizado e sou
credenciado pela Fifa”, disse Léo Rabello.
Por intermédio do assessor José Aparecido Miguel, o uruguaio Juan
Figer disse que não vê problema algum em se apresentar ao Senado. Ele
lembrou ainda que é um dos mais antigos empresários de futebol no Brasil e
um dos primeiros a ser credenciado pela Fifa.
Edinho, ex-jogador de Flamengo e Fluminense e hoje empresário,
também se colocou à disposição da CPI do Futebol para ajudar nas
investigações sobre a movimentação de dinheiro na transferência dos
jogadores para o exterior e dentro do país. “Vou aguardar a convocação. Estou tranqüilo, pois sempre procurei
fazer as coisas de forma correta”, afirmou.
Outro agente da Fifa, Gilmar Veloz, seguiu o mesmo discurso. “Estou disposto a dar meu depoimento, pois não tenho nada a
esconder. Nunca tive qualquer problema que pudesse desgastar a minha imagem.”
Além desses quatro empresários, a CPI também quer a quebra de sigilo
de Gilmar Rinaldi, Pedrinho Vicençote, Reinaldo Pitta, João Henrique Areias,
Antônio Galante, Giuliano Bertolucci, Marcel Figer, Adelson Monte Alto,
Eduardo Uram, Sylvio Tukasa, Elio Oliveira, Claudio Guadagno, Wadih Coury,
Joseph Lee e José Nogueira.