São Paulo - Em reunião informal entre representantes do Clube dos 13, realizada ontem, em Porto Alegre, decidiu-se que a entidade irá atuar com firmeza para tirar o Gama da elite do futebol brasileiro em 2001.
Segundo os dirigentes do Clube dos 13, a atuação do advogado Paulo Goiáz no caso do lateral Jorginho Paulista, do Vasco, que teria atuado irregularmente na Copa João Havelange, nada mais é do que uma tentativa de atrair novamente os holofotes para a equipe de Brasília.
Assim, eles não medirão esforços para tirar o Gama da próxima competição nacional. Uma definição da situação está prevista para dia 14, quando Goiáz deverá ter uma reunião com o presidente do Clube dos 13, Fábio Koff.
Surpreso, o presidente do Gama, Wágner Marques, respondeu às acusações de membros da entidade, dizendo que as declarações de Paulo Goiáz nada tem a ver com a equipe de Brasília.
Segundo ele, Goiáz, que a partir do dia 15 passará a ser um dos vice-presidentes do Gama, está falando em caráter pessoal. "Não vi uma declaração dele falando em nome do nosso clube."
Para o presidente, o Gama tem o direito de estar entre os participantes da principal competição nacional de 2001. "Não há motivos para ficarmos de fora de qualquer competição nacional."
Na sua opinião, seria um injustiça o Clube dos 13 mudar o critério, já que ele acredita que sua equipe foi incluída, neste ano, entre os princcipais clubes do Brasil.
Com isso, ele discorda dos dirigentes dos grandes clubes, que consideram a Copa João Havelange um único torneio de 116 clubes, e que a distribuição por módulos é apenas uma maneira de organizar a competição, não havendo uma divisão principal.
Para ele, como não há acesso nem descenso na Copa João Havelange, é impossível para o Clube dos 13 definir um critério técnico para a escolha dos participantes no próximo campeonato. "Eles não têm o direito de mudar o critério inicial, que nos incluía entre os principais."
O presidente admitiu que o jogador Jorginho Paulista atuou irregularmente, mas garantiu não ter nenhum interesse em brigar contra o Vasco. "Não vamos ficar a vida inteira criando caso", disse, referindo-se à confusão que envolveu o clube de Brasília, que exigiu na Justiça a participação na Copa João Havelange.
Marques ressaltou que cabe ao comitê julgador da Copa João Havelange dar o parecer sobre a situção do Vasco. "Não é um problema nosso."
Além de concordarem em excluir o Gama, os representantes presentes na reunião decidiram que, para o próximo ano, o Clube dos 13 irá contratar uma empresa de Relações Públicas para melhorar a imagem da eintidade perante a opinião pública.
Com isso, deverão também exigir da televisão quantia maior para transimitir os jogos da próxima competição.