Porto Alegre - Fábio Baiano ia treinar ontem para verificar se as dores no tornozelo esquerdo haviam cedido. Sonhava em jogar contra o Atlético-PR, sábado. Então, a raiva, o desabafo: em vez de um problema, tornou a aparecer o outro. Era o púbis, o eterno púbis, que ele trouxe do Flamengo para o Olímpico.
Horas depois, Fábio Baiano estava no Hospital Mãe de Deus para uma bateria de exames. O meia pode ser submetido a uma cirurgia nos próximos dias.
”É o pior momento da minha carreira”, resumiu o meia, com o semblante abatido ao sair do setor de radiologia do Mãe de Deus.
O jogador foi submetido a ultra-sonografia, ressonância magnética e raio-x. Os resultados serão comparados com aqueles realizados quando de sua contratação. De posse do diagnóstico, os médicos decidirão se é caso de cirurgia imediata ou não.
”Se é para ficar bom de uma vez, prefiro ir para a faca. Ficar nesta situação, sem treinar com o pessoal, não dá mais”, reclamou Fábio Baiano.
As dores no púbis, além de o obrigarem a tomar remédios analgésicos antes dos jogos, prejudicam o condicionamento físico. Assim, Baiano tem maiores chances de contrair uma lesão muscular ou mesmo entorse.
Os casos semelhantes ocorridos no Olímpico são animadores em termos de recuperação. Entre 1997 e 1998, foram operados Marco Antônio, Dauri, Rivarola, Roger e Goiano. O tempo médio entre a cirurgia e a volta aos campos ficou entre 45 e 60 dias. Na Europa, segundo o médico Márcio Bolzoni, este prazo pode chegar a seis meses.
O certo é que, em caso de cirurgia, Fábio Baiano está fora da Copa João Havelange, mesmo se o Grêmio se classificar. O seu substituto será Itaqui.